Palavras
de Coélet, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade
das vaidades ― diz Coélet ― vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
Que
proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol? Uma
geração vai, uma geração vem, e a terra sempre permanece. O sol se levanta, o
sol se deita, apressando-se a voltar ao seu lugar e é lá que ele se levanta. O
vento sopra em direção ao sul, gira para o norte, e girando e girando vai o
vento em suas voltas. Todos os rios correm para o mar e, contudo, o mar nunca
se enche: embora chegando ao fim do seu percurso, os rios continuam a correr.
Todas as palavras estão gastas e ninguém pode mais falar. O olho não se sacia
de ver, nem o ouvido se farta de ouvir.
O
que foi, será,
o
que se fez, se tornará a fazer:
nada
há de novo debaixo do sol!
Mesmo
que alguém afirmasse de algo: “Olha, isto é novo!”, eis que já sucedeu em
outros tempos muito antes de nós. Ninguém se lembra dos antepassados, e também
aqueles que lhes sucedem não serão lembrados por seus pósteros.
Ecl
1, 1-11