quinta-feira, 23 de outubro de 2014

OS INCONFIDENTES



Domingos Vidal de Barbosa (Domingos Vidal de Barbosa Laje. Nascido em 1761, em Santo Antônio do Juiz de Fora, filho do Capitão Antônio Vidal e de Tereza Maria de Jesus. Formou-se em Medicina em Bordéus. Apesar de sua participação na conspiração ter sido bastante discreta, foi condenado a degredo para o Arquipélago do Cabo Verde, tendo falecido na Ilha de São Tiago, Convento de São Francisco da Cidade, Ribeira Grande, em princípios de setembro de 1793. Era poeta e escreveu: "Ode a Afonso de Albuquerque" e "Ode a Luís de Vasconcelos". Domingos Vidal matriculou-se na Universidade de Montpellier a 7/12/1785 e se transferiu para a Faculdade de Medicina de Bordéus em maio de 1787, onde em 1788 fez seus atos finais e diplomou-se. Antes de partir para a Europa (não aparece matriculado na Universidade de Coimbra), fez preparatórios no Rio de Janeiro com Manuel Inácio da Silva Alvarenga; este, já professor-régio de Retórica desde 1782 (agosto), foi fundador da Sociedade Literária do Rio de Janeiro (6/6/1786) e já era sócio-correspondente da Academia Real das Ciências  de Lisboa desde sua fundação (1779), graduado em Medicina em Bordéus, natural da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, do Caminho do Rio de Janeiro, morador  na fazenda do Juiz de Fora no mesmo Caminho, que vive de agricultura, de idade de vinte e oito anos, testemunha a quem o dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, sob cargo do qual lhe encarregou  que com boa e sã consciência jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado e, aceito por ele o dito juramento, assim o prometeu fazer como lhe era determinado.

E perguntado ele, testemunha, pelo conteúdo no Ato desta Devassa, que todo lhe foi lido disse que achando-se hóspede em casa de seu primo, o Coronel de Auxiliares Francisco Antônio de Oliveira Lopes, que assiste na ponta do Morro, Freguesia de São José, indo com o dito em certa ocasião ver um serviço mineral, lhe entrou o dito Coronel a dizer que esta país era muito feliz por ter todas as comodidades para a vida, e quanto não seria delicioso se fosse livre; perguntando-lhe então, como se chamavam os que tinham feito a revolução na América Inglesa, ao que ele, testemunha, respondeu que um deles tinha sido Monsieur Franklin, lembrando-se então de uma extravagância que havia sucedido em Montpellier, quando ele, testemunha, ali estava, a um seu condiscípulo por nome José Joaquim da Maia (José Joaquim da Maia e Barbalho graduou-se em Medicina em Montpellier e 10/05/1787, com a tese Febre Erisipelatosa. No volume 8 desta edição publica-se a correspondência trocada entre ele e o Ministro Americano na França, Thomas Jefferson, em 1786 e 1787. Seu contemporâneo José Mariano Leal da Câmara Rangel de Gusmão defendeu tese no ano de 1790, também na Faculdade de Medicina de Montpellier. José Mariano Leal nela se matriculou  em 7/12/1785, ao mesmo tempo que Domingos Vidal, terminando o curso médico em 21/8/1790. Ambos eram mais atrasados que José Joaquim da Maia, tendo este cursado previamente a Universidade de Coimbra (matrícula inicial em 31/10/1783), da qual se transferiu para Montpellier. Em Coimbra foi contemporâneo de José Álvares Maciel. José Joaquim da Maia deve ter nascido no Rio em aproximadamente 1752, sendo filho do empreiteiro José de Maia e Brito, estabelecido à Rua da Ajuda, cujo correspondente no Porto, Caria Neto, se encarregava de dar-lhe uma pensão anual de 120$000, quantia bastante apreciável para um estudante na época.), o qual se lhe meteu na cabeça que havia de ser o libertador de sua terra, sendo natural da Cidade do Rio de Janeiro; e fingindo-se enviado de sua nação, se atreveu a falar ao Ministro da América Inglesa que, observando a sua proposição e ridícula figura, totalmente o desprezou, o que tudo ele, testemunha, já miúda e exatamente depôs em outro juramento que já prestou neste assunto. Depois disto, passados alguns dias, lhe tornou o dito Coronel a fazer alguns discursos soltos sobre a vantagem deste país ser defendido pela natureza, referindo-lhe então que tinha que contar-lhe certa coisa, e principiando desta maneira: "Que José Álvares Maciel, filho do Capitão-Mor desta Vila, tinha feito conhecer aos deste país, que nele havia com que se fizesse pólvora; que havia ferro e, enfim, tudo quanto era necessário para que o Brasil se fosse independente; e que ele, dito José Álvares, tinha dado palavra de aprontar tudo quanto vinha de fora, à vista que que não faltaria nada; que o Doutor Cláudio, o Cônego Luís Vieira, e o Desembargador Gonzaga tinham já feito as leis para se governarem, nas quais se ordenava que todo o homem plebeu poderia vestir cetins, que os diamantes seriam francos, que os dízimos os perceberiam os Vigários com condição de sustentarem uns tantos mestres, hospitais, e outros estabelecimentos pios; que aquele que mais se distinguisse na primeira ação, seria o premiado, e que a nação que primeiros os socorresse durante a guerra, essa teria mais vantagem nos seus portos.

Que o Coronel Alvarenga dava duzentos homens; que um de Minas Novas dava outros duzentos (Pe. José da Silva e Oliveira Rolim, cujo irmão Alberto era fazendeiro em Minas Novas); e que um Abreu (Domingos de Abreu Vieira), e que ele dito Coronel dava cinqüenta; e que um Abreu (Domingos de Abreu Vieira), contratador dos dízimos, dava a pólvora; e que o sinal para o dia do levante  era "Tal dia é do meu batizado"; que viriam todos de sobrecasacas, ou sobretudos, para melhor ocultarem as armas. Acrescentou mais, o dito Coronel, que o Cônego Luís Vieira tinha feito um plano para por ele proverem a segurança deste país, e outro igual para por ele se regerem, dizendo que este continente, a natureza o tinha feito defensável por si mesmo e que a entrada da banda do Rio de Janeiro, bastava guarnecê-la de diversas emboscadas de sorte que qualquer tropa, que subisse do sertão, se desbaratava, e os que escapassem da primeira, não escapariam da segunda. Que era preciso buscar ocasião em que todo o povo estivesse descontente, e que agora a havia excelente porque estava para se lançar a derrama; que o Senhor Martinho de Melo tinha escrito uma carta ao Desembargador Intendente  dizendo-lhe que devia ser riscado do serviço por não ter requerido a derrama, e que o Desembargador Gonzaga lhe tinha sugerido um requerimento muito forte para na Junta promover a derrama; que não tinham que recear-se de nação alguma, pois que todas desejavam o Brasil independente para virem negociar. Que os americanos ingleses em umas praias lavadas, não tendo outras minas mais que um pouco de peixe seco, algum trigo e poucas fábricas, tinham sustentado uma guerra tão grande, vendo-se obrigados a retirarem-se para os montes. Que tinham assentado que as emboscadas , para impedirem a entrada da parte do caminho do Rio de Janeiro, fossem compostas de homens pardos, costumados a andar no mato. Que também tinham assentado que o Alferes Joaquim José fosse à Cachoeira e matasse o Excelentíssimo Senhor General; e que, trazendo a cabeça, a havia de mostrar ao povo, subindo a um lugar alto e dizendo: "Este era quem nos governava; de hoje em diante viva a República." E que logo subiria um (Tte.-Cel. Francisco de Paula Freire de Andrada a fazer uma oração ao povo, anunciando-lhe a futura felicidade e que matariam também o Ajudante de Ordens Antônio Xavier de Resende, o Sargento-Mor do Regimento Pago (Pedro Afonso Galvão de São Martinho, tio afim do Dr José Álvares Maciel e conseqüentemente da irmã casada com o Ten..-Cel. Francisco de Paula); havendo porém dúvida se fariam, ou não, o mesmo ao Coronel Carlos José da Silva. E dizendo um dos confederados que não precisava ser morto o Sargento-Mor, acudiu José Álvares Maciel que assim se fazia preciso, porque os soldados o respeitavam mais que ao Tenente-Coronel. Finalmente, que se devia esperar ocasião em que fosse o quinto para baixo, a fim de se tomar e haver dinheiro para se pagarem os soldos; acrescentando mais que na cidade do Rio de Janeiro havia cinco ou sete negociantes que queriam que a revolução principiasse por lá; e que de Minas se lhes tinha mandado dizer que essa glória a queriam cá para si, tendo assentado que, tanto que se fizesse a revolução em Minas, se lhes escreveria uma carta dizendo que, se queriam ser pagos de tudo quanto estas lhes deviam, executassem lá o mesmo; e que então lhes mandariam socorro; e que, quando viesse grande poder, lhes mandassem embaixador a fim de se retirarem, e, quando o não fizessem, usariam de balas ardentes como tinham feito os ingleses em Gibraltar. Declara mais ele, testemunha, que pouco tempo depois de ter ouvido da boca do dito seu primo, referido Coronel, quanto tem referido, indo ele, testemunha, em certa ocasião para o Arraial dos Prados assistir como padrinho ao batismo de um filho de um fulano de Matos, o foi encontrar ao caminho um estudante, seu condiscípulo (José de Resende Costa (filho) fora igualmente aluno de Manuel Inácio da Silva Alvarenga, no Rio de Janeiro.), chamado José de Resende Costa, filho de outro do mesmo nome. E, entrando em conversação, lhe veio finalmente a dizer que já talvez não fosse a Coimbra por certa circunstância. E, perguntando-lhe ele testemunha a causa, disse-lhe que era porque o Brasil se fazia breve uma República. E pedindo ele, testemunha, que se explicasse, porque já tinha ouvido tocar em semelhante matéria, porém o sujeito não acreditava, lhe respondeu o dito Resende que dissesse ele, testemunha, o que sabia, que ele acrescentaria o resto. Pelo que, principiando ele testemunha a relatar-lhe alguns dos passos acima referidos, o dito Resende lhe continuou outros, percebendo daqui, ele testemunha, que o que o referido estudante sabia era pouco mais ou menos o mesmo, e só de mais acrescentou que, em um banquete ou batizado, o irmão do Vigário de São José (Padre Carlos Correia de Toledo), que é Sargento-Mor (Luís Vaz de Toledo Piza), tinha feito uma saúde ao Cel. Joaquim Silvério, dizendo que breve ficaria livre da Fazenda Real, e que o mesmo Sargento-Mor se havia de armar General para ir tomar São Paulo; o que tudo tinha ouvido o dito estudante da boca de seu pai, a quem o tinha contado o mesmo Vigário de São José. E mais não disse; e aos costumes declarou ser primo do Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes; e assinou com o dito Ministro, lido o juramento, e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.

Saldanha  -  Domingos Vidal de Barbosa


Autos de Devassa da Inconfidência Mineira
volume 1
Câmara dos Deputados  / Governo do Estado de Minas Gerais
Brasília. Belo Horizonte.1976.



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CABO FRIO 2009 I


CABO FRIO 2009 II


CABO FRIO 2009 II


CABO FRIO / ARRAIAL DO CABO


ALMANAQUE MINEIRO


THESOURARIA DA FAZENDA



Inspector



José Innocencio Pereira da Costa, Cavalleiro da Rosa, rua Direita.



Contadoria



João José Ribeiro Bhering, Cavalleiro da Rosa, rua do Sacramento.



Chefes de secção da contadoria



Manoel José de Oliveira, rua do Macedo.



Manoel Olintho da Rocha Telles, rua das Cabeças.



Antonio Innocencio Monteiro, rua do Macedo.



Primeiros escripturarios



Francisco de Paula Souza, Alto da Cruz.



Bento José Martins de Menezes, rua do Rosario.



Francisco de Paula Alves Branco, rua do Giló.



José Fernando de Souza, Alto da Cruz.



Manoel Pinheiro de Ulhoa Cintra, rua da Barra.



Segundos escripturarios



Francisco de Assis Ferreira, rua Direita.



Joaquim Ferreira do Araujo, Fundo do Ouro-Preto.



Joaquim Osorio Teixeira, Chacara do Mello.



Antonio Henrique Pereira Rosa, rua do Sacramento.



Antonio Pereira de Faria, Alto da Cruz.



Terceiros escripturarios



Eugenio Ribeiro dos Santos Monteiro, ladeira do Vira-Saia.



Francisco Ferreira da Silva, rua do Giló.



Carlos Calisto Andrade, rua Nova.



Francisco Luiz da Costa Sardinha, rua de Traz.



Elisiario Augusto da Rocha Telles, rua das Cabeças.



Archanjo Leão de Abrantes, , rua do Ouvidor.



Praticantes



Luiz Ernesto de Oliveira, rua Direita.



Carlos José dos Santos, rua de Cima.



Francisco Roberto Velasco, rua Direita de Antonio Dias.



Secretaria



Official-Maior



José Pereira Ribeiro, rua de S. Francisco de Assis.



Officiaes



Antonio Pinheiro de Ulhoa Cintra,  Ponte de Antonio Dias.



Lucas Antonio Ribeiro Bhering, rua das Cabeças.



Amanuenses



João Cancio Moreira da Silva, rua da Barra.



Santos Augusto da Silva, rua do Rosario.



Thesoureiro



Coronel Francisco de Paula Ferreira da Silva, Cavalleiro da Rosa, largo da Alegria.



Fiel



José Pereira Coelho, rua do Rosario.



Cartorario



Lucio Moreira da Silveira, rua da Barra.




Almanaque Mineiro do Século XIX

editado em Ouro Preto, em 1864
(respeitada a ortografia da época) 


domingo, 19 de outubro de 2014

CABO FRIO I


CABO FRIO II


CANÁRIOS


CAPAS


OS NOVOS INCONFIDENTES


Mário José Telles
Mário Lago
Mário Luiz Barata
Mário Preto
Mário Romano
Maurício Lindenberg da Costa Júnior
Maurício Porto
Maurílio Dias
Maurílio Xavier da Silva
Mauritônio Meira Menezes
Mauro de Freitas
Mauro Pereira
Maximino Paschoal
Melanchton Salcedo do Vale Machado
Melchíades Zeferino
Miguel Arcanjo de Medeiros
Miguel Barra Neto
Miguel Calixto da Silva
Miguel Cândido de Lima
Miguel Cunha Filho
Miguel Darcy de Oliveira
Miguel Newton de Arraes Alencar
Milton Cruz
Milton da Silva Freitas 
Milton de Andrade
Milton de Lima Buarque
Milton de Oliveira Arruda
Milton Francisco de Lima
Milton José Rodrigues
Milton Ribas da Costa
Moacir Carmo Viana
Moacir Lopes Dias
Moacir Maiani
Moacir Omena de Oliveira
Moacir Alves da Cruz
Moacir Mariano de Oliveira
Moacyr Rodrigues Pinto
Modesto Justino de Oliveira Júnior
Moisés de Almeida Cavalcante
Moises Margolis
Mozart Janot Júnior
Murilo Bonifácio da Silva
Nailton de Almeida Santos
Naldir Laranjeira Baptista
Nallo Theodoro de Faria
Napoleão Gabriel Tigre
Napoleão Pedro da Silva
Napoleão Piccelli 
Narciso Júlio Gonçalves
Nasanori Miyati
Nascimento Ferreira dos Santos
Natal Frasson
Nathan Lecht Piterman
Nehemias de Carvalho Portela
Nelcy Rodrigues 


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-eclesio-empresarial-militar
de 1º de abril de 1964. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

CAPITÃO DA SALA


CASA DE VILA VELHA


CASA E CIDADE DE PETRÓPOLIS


CONGONHAS


OS INCONFIDENTES


TESTEMUNHA 26ª

Victoriano Gonçalves Veloso, homem pardo, Alferes no Arraial da Igreja Nova, natural da Vila de São José, Comarca do Rio das Mortes, morador no Bichinho, ou Gritador, da mesma Comarca, que vive do seu ofício de alfaiate, idade de cinqüenta e um anos, testemunha a quem o dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, sob cargo do qual lhe encarregou jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu cumprir como lhe era encarregado.

E perguntado ele, testemunha, pelo Auto desta Devassa que todo lhe foi lido, disse que somente depois que se fizeram as prisões do Alferes Joaquim José da Silva e Coronel Joaquim Silvério dos Reis no Rio de Janeiro, assim como do Desembargador Tomás Antônio Gonzaga, do Coronel Inácio José de Alvarenga, e Vigário de São José, Carlos Correira de Toledo, foi que ele, testemunha, ouviu dizer geralmente que o dito Alferes tinha andado suscitando um levante nestas Minas; e que por este motivo se havia falado a quase todos os moradores da estrada do Rio de Janeiro, como era constante; e mais não disse.

E perguntado pelo referimento que nele fez o Padre Manoel Pacheco Lopes ao Mestre de Campo Inácio Correira Pamplona, testemunha desta Devassa, que todo lhe foi lido, disse que é verdade todo o nele conteúdo; porquanto tendo ido pedir ao Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes um cavalo para vir á cidae de Mariana, a fim de aprontar certos papéis tendentes ao casamento de uma sua sobrinha; e havendo-lhe efetivamente emprestado o dito Coronel, se admirou ele testemunha de o achar nessa ocasião chorando como uma criança e dizendo que estava perdido, sem contudo lhe declarar a causa e circunstâncias que o moviam àquele excesso; e seguindo ele, testemunha, com efeito o seu destino, falou no caminho com os Padres Joaquim Barbosa, e com o Vigário do Ouro Branco, Manuel Pacheco Lopes; sendo certo que também no mesmo caminho pedira ao Padre José Maria de Assis (José Maria Fajardo de Assis) lhe fizesse um requerimento respectivo àquela dependência para igualmente o despachar em Mariana; mas chegando ele, testemunha, ao Capão do Lana, e tendo observado que havia passado já preso o Desembargador Tomás Antônio Gonzaga, este sucesso junto com a notícia das prisões do Rio de Janeiro, o fez persuadir que o mesmo teria também já sucedido o dito Coronel Francisco Antõnio de Oliveira, lembrando-se então das palavras que lhe tinha ouvido: "Que estava perdido". Pelo que, voltando logo outra vez para sua casa e tornando em caminho a falar com os referidos padres, lhes disse que voltara depressa porque os soldados lhe tinham apanhado umas cartas, o que verdadeiramente foi invenção dele testemunha, para se desculpar de ter imediatamente voltado, acrescentando que àquela hora se capacitava que já estaria preso também o dito Coronel, como recontado fica; e mais não disse, e aos costumes declarou ser compadre do dito Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes. E sendo-lhe lido o seu juramento, que achou estar conforme, o assinou com o dito Ministro, e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.


Saldanha   -   Vitoriano Gonçalves Veloso


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MINAS GERAIS


OURO PRETO

Praticante

Herculano dos Reis Coutinho, Mercês dos Perdões.

Porteiro

Bernardo dos Reis Coutinho, Mercês dos Perdões.

Ajudante do Porteiro

Francisco de Paula Alves, rua do Palácio Velho.

Porteiro adido

Lourenço Corrêa de Mello, rua de Traz.

Contínuo

Manoel Simões Franco, rua dos Paulistas.

Correios

Francisco Caetano de Jesus, rua de Cima.

João da Porta Latina, rua dos Paulistas.

Engenheiros

Henrique Gerber, rua de S. José

Francisco Eduardo de Paula Arueira, rua do Sacramento.

Dr. Modesto de Faria Bello, em comissão fora da capital.

Desenhista

David Morethson Filho, rua de S. José.

Condutor de Obras

F. Guilherme Meyer.

Policia

Dr. Antônio de Souza Martins, rua do Ouvidor.

Secretaria da Policia

Secretario

Antonio Marciano da Silva Pontes, rua Nova.

Officiaes

Antonio Xavier da Silva Junior, Caminho Novo

Antonio Tassara de Padua, Ponte do Rosário.

Amanuense

Olimpio de Faria Ferrer e Oliveira, Ponte Secca.

José Maria Borges Abrantes, rua dos Contos

Francisco Coelho de Magalhães Gomes, rua de S. José

Fernando José Soares Moreira, largo do Rosario.

Porteiro

Antonio de Jesus Passos, alto da Cruz.

Continuo

João José dos Santos, rua Direita de Antonio Dias.

Delegado de Policia

Dr. Wanington Rodrigues Pereira, rua do Jiló.

Cadéa

Carcereiro

Joaquim Pinto Rosa

Ajudante do mesmo

Francisco de Paula Theodoro.

Secretaria Militar

Ajudante de Ordens

Capitão Francisco de Assis de Araujo Macedo, Official da Rosa, C. de Aviz, Praça.

Amanuenses

Furriel Francisco Camillo da Silva, alto da Cruz

Cabo Francisco de Assis Painel

Porteiro

Balduino Pinto Ferreira

Trem Bellico

Encarregado

Alferes Francisco de Paula Xavier Felecissimo, Ponte de Ouro Preto

Escripturario


Francisco de Paula Assis


Almanaque Mineiro
publicado em Ouro Preto
1864
(respeitada a ortografia da época)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

CORDISBURGO


CORREIAS


DEL REI


ÉDER


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Manoel Madaleno Pinto
Manoel Messias Correia
Manoel Moreira Salgado
Manoel Pedro Fontes
Manoel Porfírio da Fonseca
Manoel Raimundo Soares
Manoel Rodrigues Bonfim
Manoel Sanchez
Manoel Soares Henriques
Manoel Teixeira da Silva
Manoel Tibúrcio Libório
Manoel Vicente do Nascimento
Manuel da Costa
Manuel Ferreira
Manuel Firmino de Araújo Neto
Marcelo Carlos Martins Medeiros
Marchilles Scorzelli
Marciano Bonifácio Pinto Filho
Márcio de Albuquerque Rabelo
Márcio José de Oliveira
Marcos Alberto Martini
Marcos Jalimovich
Marcos Ney Silveira de Farias
Marcus Flávio Pompeu
Mardônio de Faria Castro
Maria Celestina da Costa
Maria da Graça Dutra
Maria das Dores França
Maria de Belém Monteiro Xavier
Maria Januária Padilha da Silva
Maria Lúcia Nigro
Maria Mendes Barbosa
Maria Oceailles Barreto Novaes
Maria Sálvia França
Maria Teresa Arenque Ambrósio
Maria Tereza Porciúncula Moraes
Marialdo Roberto Guimarães Ferraro
Mariano Carneiro Pinto
Mário Boari Tamassia
Mário Cozza
Mário da Mota Rodrigues
Mário da Silva Fróes
Mário da Silva Ribeiro
Mário Daltro Dantas
Mário de Oliveira
Mário de Souza Rosas
Mário Dias Vanderley
Mário Farias Brasini
Mário Faustino Alves
Mário Fernandes de Oliveira
Mário Gusmão Antunes
Mário Hayashida
Mário Herbert de Moraes


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-eclésio-empresarial-militar
de 1º de abril de 1964.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

ÁLBUM ENTRE RIOS DE MINAS


APARTAMENTO DE VILA VELHA


OS INCONFIDENTES


ASSENTADA

Aos treze dias do mês de julho de mil e setecentos e oitenta e nove anos, nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto e casas de residência do Desembargador Pedro José Araújo de Saldanha, do Desembargo de Sua Majestade Fidelíssima, Ouvidor Geral e Corregedor desta Comarca, onde eu, Escrivão nomeado pelo Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Visconde de Barbacena, Governador e Capitão General desta Capitania, fui vindo e, sendo aí, pelo dito Ministro foram inquiridas e perguntadas todas as testemunhas que para esta Devassa foram chamadas e ao diante se seguem, das quais seus ditos, nomes, idades e naturalidades, moradas e costumes são também os seguintes, de que para constar fiz este termo; e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.


Autos de Devassa da Inconfidência Mineira
Volume 1
Publicados pela Câmara dos Deputados e pelo
Governo do Estado de Minas Gerais.
Brasília – Belo Horizonte.

1976.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

CAROLINA, JOLI, ÉDER, MARIA


ÁLBUM GRANDE SERTÃO VEREDAS


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Luiz David de Freitas
Luiz de Holanda Moura
Luiz de Mattos
Luiz dos Santos Bezerra
Luiz Duarte de Oliveira
Luiz Felipe Miranda de Souza Ribeiro
Luiz Fernando Gomes de Matos
Luiz Gonzaga de Oliveira Leite
Luiz Gonzaga de Souza
Luiz Gonzaga Deben
Luiz Gracioso Filho
Luiz Hervelha
Luiz Hugo Guimarães
Luiz Iglésias de Holanda Cavalcanti
Luiz Jorge Rebelo de Abreu
Luiz José Cruz
Luiz Júlio de Amorim
Luiz Messias Tavares
Luiz Miguel de Souza
Luiz Orlandi
Luiz Otávio de Salles Moreira
Luiz Patrocínio da Silva
Luiz Paulo Costa
Luiz Perseguine
Luiz Pimentel Pitombo
Luiz Rodrigues Bica
Luiz Sella
Luiz Viegas da Mota Lima
Luiz Vilela Ferreira
Luiz Vitória da Silva
Lupércio Gonçalves
Ly Adorno de Carvalho
Lygia Maria Moutinho
Makoto Saito
Malaquias Batista Filho
Manoel Alves de Souza
Manoel Calandrini de Azevedo
Manoel  Castelani
Manoel Celestino Paiva
Manoel Couto
Manoel Cruz Maravalha
Manoel da Silva Martin Gil
Manoel de Barros Andrade Lima
Manoel Domingos Neto
Manoel Ferreira dos Anjos
Manoel França
Manoel Francisco de Mello
Manoel Francisco de Souza
Manoel Garcêz de Carvalho
Manoel Gaspar
Manoel Gomes Maranhão
Manoel Graciano de Macedo
Manoel Gumercindo de Amorim
Manoel Henrique Mesquita
Manoel Jerônimo Dias
Manoel Joaquim Cézar
Manoel Leal Guimarães


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas
do golpe ianque-udeno-eclesiástico-empresarial-militar
de 1 de abril de 1964.