sábado, 27 de dezembro de 2014

ARRAIAL DO CABO


ANO NOVO 2013


ANO NOVO 2012


ANIVERSÁRIO 2014


A LISTA


Orlando Beckmann GEISEL  (l905 - l979)

Vicente de Paulo Dale COUTINHO  (1910 - 1974)

Sylvio Couto Coelho da FROTA  (1910 - 1996)

Fernando Belfort BETHLEM  (1914 - 2001)

Walter Pires de Carvalho e ALBUQUERQUE  (1915 - 1990)

Ernesto de Melo BATISTA  (1907 - 1985)

Paulo BOSÍSIO  (1900 - 1985)

Zilmar Campos de Araripe MACEDO  (1908 - 2001)

Adalberto de Barros NUNES  (1905 - 1984)

Geraldo Azevedo HENNING  (l917 - 1995)

Maximiano Eduardo da Silva FONSECA  (1919 - 1998)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

PETRÓPOLIS


TIRADENTES


TRONO DE FÁTIMA


VIAGENS


OS INCONFIDENTES


João Rodrigues Monteiro, Furriel do Regimento de Cavalaria Paga desta Capital, natural de Melgaço, Comarca de Barcelos, Arcebispado de Braga, morador nesta mesma Vila, de idade de quarenta e cinco anos, testemunha a quem ele dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, sob cargo do qual lhe encarregou jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer, como lhe estava encarregado.

E perguntado ele testemunha pelo conteúdo no Auto desta Devassa que todo lhe foi lido, disse que sabe, por ser público e notório depois que se fizeram as prisões, tanto do Coronel Joaquim Silvério e Alferes Joaquim José da Silva no Rio de Janeiro, como as que se praticaram nesta Capital e na Comarca do Rio das Mortes, que estava para se fazer um levante nestas Minas, sendo chefes do mesmo os dois primeiros presos no Rio, e os mais também entrados na mesma revolução, e mais não disse. E perguntado pelo referimento que nele fez a testemunha Teotônio Maurício de Miranda Ribeiro, que todo lhe foi lido, disse que a tempo que foi preso o Vigário de São José, Carlos Correia de Toledo, encontrando-se no caminho e, entretanto o Tenente Antônio José Dias se adiantou a ordenar as mais de que ia encarregado, o deixou a ele testemunha no campo, de guarda ao dito preso; e, neste meio tempo, lhe disse aquele Vigário que logo que soube das prisões do Coronel Joaquim Silvério e Alferes Joaquim José, presumiu logo que lhe havia de suceder o mesmo, acrescentando que aqueles dois deviam ser esquartejados, porém nunca lhe disse a causa. E ponderando-lhe ele, testemunha, que aquelas prisões tinham sido mandadas praticar pelo Senhor Vice-Rei, por motivo de umas bulhas, nada o mesmo Vigário lhe respondeu, e ficou mascando as palavras; donde ele testemunha veio a coligir que ele entendia ser outra a causa deste procedimento. E passados três dias de viagem, em uma tarde, tendo chegado a pouso, ele testemunha, vendo-o muito triste, lhe perguntou o que tinha, ao que lhe respondeu com grande admiração: "Pois não hei de estar triste? Se aquele maroto do Joaquim Silvério, indo à minha casa, se fechou em um quarto com meu irmão Luís Vaz dizendo-lhe que estava perdido e não tinha com que pagar à Real Fazenda, e que eles se podiam levantar com esta terra", dizendo-lhe mais: "que fosse ele para São Paulo fazer gente, que ele assistiria com dinheiro?" E perguntando-lhe ele testemunha: "E Vossa Mercê, que fez neste caso?" lhe respondeu que, entrando pela porta adentro com uma imagem de um Santo Cristo na mão, lhe pediu que o não deitasse a perder; a que o dito Joaquim Silvério respondeu que se não falasse mais nisso; porém, que ele tinha dito ao mencionado seu irmão que o fosse denunciar ao Coronel Francisco Antônio de Oliveira; e isto foi quanto se passou naquela ocasião. E mais não disse, nem aos costumes; e lido o seu juramento, o assinou com o dito Ministro, e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, o escrevi.

Saldanha   -   João Rodrigues Monteiro


Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. 
Editado pela Câmara dos Deputados, juntamente com a Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
Belo Horizonte  /  Brasília.
1976. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

VILA VELHA I



VILA VELHA ENFIM


VINHETAS


A LISTA


Humberto de Alencar Castello BRANCO  (1897  -  1967).

Arthur da Costa e SILVA  (1899  -  1969).

Aurélio de Lyra TAVARES  (1905  -  1998).

Augusto Hamann Rademaker Grunewald  (1905  -  1985).

Márcio de Souza e Mello  (1906  -  1981).

Emilio Garrastazú MEDICI  (1905  -  1985).

Ernesto Beckmann GEISEL  (1907  -  1996).

João Baptista de Oliveira FIGUEIREDO  (1918  -  1999).

Adhemar de QUEIRÓS  (1899  -  1984).


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ITAIPAVA


VITÓRIA


VILA VELHA


2009


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Octavio Dutra
Octávio Gomes
Octavio Penisado Coelho
Odair Santos
Oduvaldo Vianna
Olavo Ferreira Passos
Olavo José de Figueiredo Monteiro
Olympio Marques dos Santos
Olympio Segui da Cunha
Onofre Pinto
Ony Braga Carvalho
Onyer Porto Alegre Almeida
Orandina Ayres Sebastião
Orestes Barros de Sá
Oriovaldo Carvalho Maciel
Orlandi Sampaio de Avila
Orlando Amazonas de Souza Pedroso
Orlando Cosso
Orlando de Saboya Barros
Orlando dos Anjos Silva
Orlando Gomes de Cristo
Orlando Hancini
Orlando Horta da Costa
Orlando Silva
Ormino Rodrigues Vidigal Neto
Oscar Cruz
Oscar Ferreira de Oliveira Filho
Oscar Mercês
Osmar de Oliveira Rodello Filho
Osmar Nascimento
Osmar Pereira de Barros
Osmar Pinto de Mendonça
Osmar Preussler
Osmar Ramos de Oliveira
Osmundo Bezerra Duarte
Osório Miranda Ferreira
Oswaldo Antunes Chaves de Rezende
Oswaldo Ayres Fernandes
Oswaldo Callai
Oswaldo Cavalcanti Vida
Oswaldo de Castro Rebelo
Oswaldo de Nazareth Colares
Oswaldo de Oliveira Borges
Oswaldo de Souza
Oswaldo dos Santos
Oswaldo Fantini
Oswaldo Hebster de Gusmão
Oswaldo Macedo Rodrigues
Oswaldo Maciel
Oswaldo Monteiro James
Oswaldo Pizzocaro
Oswaldo Prendes
Oswaldo Reiner de Souza
Oswaldo Rodrigues Monção
Oswaldo Siqueira de Almeida


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-eclesio-udeno-empresarial-militar
de 1º de abril de 1964.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

3008


ÁLBUM I


ÁLBUM II


ÁLBUM III


OS INCONFIDENTES


TESTEMUNHA 28ª, CONTINUAÇÃO

Conversando mais nesta matéri com o Tenente-Coronel Manoel Teixeira de Queiroga, este disse a ele, testemunha, que as referidas prisões tinham mais ponderoso objeto, contando-lhe que lhe tinham segurado que o Alferes Joaquim José da Silva, por alcunha o Tiradentes, quando foi para o Rio de Janeiro, tomou a sua conta ir semeando alguns discursos suasórios das conveniências deste país, que podia muito bem ser livre e independente, alargando-se e convidando algumas pessoas, a quem persuadia dos seus intentos, e a quem se encaminhavam aqueles discursos. E como ele, testemunha, ainda assim duvidasse do que ouvira ao dito Tenente-Coronel, conversando também com o Quartel-Mestre do Regimento Pago, Manoel Antônio de Magalhães, este lhe disse haverem-lhe segurado que o Furriel João Rodrigues Monteiro contara que, quando foi com o Tenente Antônio José Dias (Antônio José Dias Coelho. Foi antes cobrador militar de Fanfarrão Minésio na Comarca do Rio das Mortes. Em 1787 teve um filho de D. Maria Inácia Policena, cunhada de Alvarenga Peixoto, o qual foi exposto à porta de Francisco Antônio de Oliveira Lopes e sua mulher, D. Hipólita Teixeira de Carvalho, que o criaram e dos quais foi herdeiro, sendo reconhecido pelo pai em testamento (1826)) a prender ao Rio das Mortes o Vigário de São José e o Coronel Alvagenga e outros (o Dr. João de Araújo e Oliveira, consoante ordem do Visconde de Barbacena). Devia igualmente ser preso e levado para o Rio Luís Vaz de Toledo, que conseguiu fugir, vindo depois apresentar-se à prisãao, sendo encaminhado para Vila Rica pelo Sargento-Mor Joaquim Pedro de Sousa da Câmara), havendo-se encontrado com o dito Vigário em caminho e sendo preso pelo dito Tenente, entretanto que esta passou adiante, ficou o mesmo Furriel de guarda ao dito Vigário, o qual disse que bem sabia a causa da sua prisão. E perguntando-lhe o Furriel qual era, lhe respondeu que frigissem ou açoitassem a seu irmão, e outro tanto ao Coronel Joaquim Silvério, porquanto induzindo este ao dito seu irmão, e sabendo ele Vigário para que fim, se lhe deitara aos pés pedindo-lhe que, pelo amor de Deus se fosse logo e logo delatar ao seu Coronel. E tornando-lhe aquele Furriel que se isso assim se passou, por que razão ele, Vigário, não fez que o dito seu irmão o viesse delatar a Sua Excelência? lhe respondeu o mesmo que se persuadira que naquela forma havia satisfeito a sua obrigação. Além disto, tem ele testemunha ouvido dizer, já depois daquelas prisões, que eles intentavam que morresse todo o filho da Europa que tivesse menos de sessenta anos, e outras extravagâncias dessa natureza; porém não tem ouvido especificar que entrassem na confederação alguns outros além dos que se acham presos, e a quem ele testemunha refere o mencionado procedimento. E mais não disse, nem dos costumes, e assinou com o dito Ministro, e eu, o Bacharel José Caetano Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.


Saldanha  -  Teotônio Maurício de Miranda Ribeiro


Autos de Devassa da Inconfidência Mineira
volume I
Câmara dos Deputados  /  Governo do Estado de Minas Gerais
Brasília  /  Belo Horizonte
1976