terça-feira, 27 de maio de 2014

NÃO VAI TER COPA, DILMA, FILHA ESPÚRIA DA DITADURA


Dilma diz que não vai haver baderna na copa e que pode chamar o exército.

Nós sempre soubemos que o petê foi criado por inspiração do general Golbery e que, portanto, é filho da ditadura.


Mas se a Dilma acha que vai reinstalar a ditadura no Brasil ela está muito enganada e vai ter de ir à p. q. p.

ÁLBUM 1


ÁLBUM 1


NÃO VAI TER COPA

NÃO VAI TER COPA

No Brasil, há milhões de pessoas passando fome. Há milhares de escolas em que os alunos se assentam no chão porque não há carteiras. A Amazônia está sendo transformada em deserto pelo agronegócio. Os salários dos professores é miserável, entre 500 e 1.000 reais por mês. Nos hospitais há canos furados, falta de equipamentos, falta de médicos, boa parte dos médicos é incompetente e não querem servir nas cidades mais distantes, milhares de pessoas não têm casa, nem qualquer tipo de moradia, e sobretudo há fome, fome, fome, fome, fome. Por volta de 1984 eu me separei e fui morar sozinho num apartamento. Tinha dois cargos de professor no estado de Minas Gerais. Meus salários eram tão baixos que não conseguia comprar colchão, nem cama, dormia no carpete do piso. Depois consegui comprar um colchão. Não tinha dinheiro para comprar um fogão. Às vezes eu fazia macarrão usando um ebulidor. Isto foi há 30 anos, mas a situação continua a mesma. Durante boa parte de minha vida precisei entrar na justiça, sobretudo por causa de injúria, calúnia e difamação. Isto era devido ao fato de ser pouco inteligente e pouco competente e, por isto, despertar a inveja de um mundo de pessoas. Hoje, seria o que se chama, com perdão do palavrão gringo, “bullying”. Não podia entrar na justiça porque não tinha dinheiro para pagar os altos preços cobrados pelos advogados (apesar de terem estudado em universidades públicas, gratuitas).

Enfim, o Brasil é um país miserável. Cerca de 80 ou 90% da população é constituída de analfabetos funcionais, o que acaba por envolver a maior parte dos professores universitários. Eles sabem lá as suas coisinhas, dentro da sua suposta especialidade, mas, saiu daí, são inteiramente analfabetos. Os políticos são, todos, com exceção de 4 ou cinco, safados, enganadores, incompetentes, como é o caso dos politiqueiros do partido majoritário, o petê (partido da classe média, como quase todos os outros, inclusive o PCdoB (que de comunista só tem o nome), com o enganador-mor Lula e a incompetente, embora simpática, Dilma, à frente, e do psdb, ligado aos altos interesses do agronegócio, aos banqueiros, aos industriais etc. (irmão-gêmeo do petê). Os demais partidos são nanicos, replicam os dois ou três mencionados acima, à exceção, parece, de um só, honesto, competente, mas minúsculo, incapaz de arrebanhar os votos da massa ignorante.

Pois é sobre este país que caiu a desgraça do campeonato criado pela Europa, para se locupletar às custas de nossa miséria, como faziam os europeus, ladrões e genocidas, na época do colonialismo. Estádios que custaram bilhões e bilhões de reais. Exigências e imposições que lhe deram o controle quase que total sobre o país, através de uma nova Lei Geral da Fifa, a nossa nova constituição. Centenas de palavras da língua portuguesa foram proibidas, pois são patente da maldita Federação.

É por tudo isto que eu e a maior parte do povo brasileiro gritamos:


FORA FIFA, FORA GRINGOS, FORA COPA PARIDA PELOS EUROPEUS, QUE AGORA NÃO A CONSEGUEM FINANCIAR, FALIDOS COMO ESTÃO!

OS NOVOS INCONFIDENTES


João do Lago Nogueira Paranaguá
João Durso Filho
João Eduardo Secco
João Fagundes de Menezes
João Fernandes
João Ferreira Baltazar
João Ferreira Campos Sobrinho
João Ferreira da Silva
João Ferreira Pires
João Francisco Leal de Carvalho
João Gomes Bezerril
João Gualberto de Noronha Martins
João Guimarães Santana
João Henriques
João Ibsen Vieira Alves
João Ignácio de Souza
João Jucundo da Silva
João Lucas Alves
João Ludgero Ferreira
João Manoel Conrado Ribeiro
João Marinho dos Santos
João Oliveira Souza
João Olympio Alves da Silva
João Pessini
João Pinheiro da Silva Netto
João Ribeiro
João Roberto Aires Lopes
João Sebastião de Faria
João Simão Vagos Filho
João Vargas de Quadros
João Vicente de Lima
João Vieira de Góes
João Vieira Rodrigues
Joaquim dos Santos
Joaquim Fajardini
Joaquim Francisco Lins de Araújo
Joaquim Ignácio Batista Cardoso
Joaquim José do Rêgo
Joaquim Leandro Cardoso Júnior
Joaquim Leite de Almeida
Joaquim Luiz de Castro
Joaquim Maria de Lima
Joaquim Orlando de Souza Rocha
Joaquim Pacheco Ferreira
Joaquim Pires Cerveira
Job Pituba
Joel Inácio dos Santos
Joel Nolasco de Carvalho
Jonas Simas Mendes
Jônatas de Oliveira
Jonathas da Costa Lima
Jorge Antônio Gonçalves


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas da ditadura
ianque-udeno-eclésio-empresarial-militar
resultante do golpe de 1º de abril de 1964.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

CUIDADO COM A RAIL EUROPE

ENQUIRY RAIL EUROPE

SE VOCÊ FOR COMPRAR PASSAGENS FERROVIÁRIAS NA EUROPA, CUIDADO COM ESTES VIGARISTAS, UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

QUE FINGE VENDER BILHETES DE VIAGEM, NÃO OS ENTREGANDO E SE APROPRIANDO DO PAGAMENTO FEITO POR CARTÕES.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

ÁLBUM 1


ÁLBUM 1


OS INCONFIDENTES


Testemunha l7ª    

Simplícia Maria de Moura, natural do Arraial de Paracatu, moradora nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, que vive de suas costuras, de idade de vinte e um anos, testemunha a quem o dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles em que pôs sua mão direita, sob cargo do qual lhe encarregou jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu cumprir como lhe estava encarregado.

E perguntada ela, testemunha, pelo conteúdo no Auto desta Devassa que todo lhe foi lido, disse saber por ouvir dizer publicamente, depois das prisões que se fizeram, no Rio de Janeiro, ao Alferes Joaquim José e Coronel Joaquim Silvério, assim como nesta Vila ao Desembargador Tomás Antônio Gonzaga, e no Rio das Mortes ao vigário de São José, e ao Coronel Inácio José de Alvarenga, que se pretendia fazer nestas Minas um levante, sendo que andava falando nisso o sobredito Alferes, por alcunha o Tiradentes; e que as outras prisões dos já referidos eram pelo mesmo motivo; e mais não disse.

E perguntada pelo referimento que nela fez a testemunha , o Capitão José Vicente de Morais Sarmento, disse que é verdade em parte o dito referimento; porque é certo que tendo a mãe dela, testemunha, desejo de fazer sentar praça um seu filho, irmão dela, testemunha, e tendo-se aquele Alferes Joaquim José inculcado por valido do Ajudante de Ordens Antônio Xavier de Resende, e que também o Excelentíssimo Senhor Visconde General lhe fazia muito favor, nestas circunstâncias lhe rogou a mãe dela, testemunha, quisesse empenhar-se para o dito seu filho, e irmão, sentar praça; ao que o mesmo Alferes respondeu que por ora deixasse estar, até ele Alferes voltar do Rio de Janeiro, porque então não seria necessário pedir a ninguém. E que ele havia de fazer feliz esta terra, e também ele havia de ser muito feliz; e que ia ao Rio, na diligência de aí fazer construir muitos armazéns e introduzir naquela cidade certas águas; e que ainda esperava ter de renda mais de cinqüenta mil cruzados, dizendo mais outros disparates de que ela, testemunha, se não recorda bem. E mais não disse, nem dos costumes; e sendo-lhe lido o seu juramento, o assinou com ele, dito Ministro, e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, o escrevi.



Saldanha  -  Simplícia Maria de Moura

domingo, 18 de maio de 2014

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ÁLBUM 1


VIVIEN LEIGH


OS NOVOS INCONFIDENTES


Jairo Argileo de Carmo e Silva
Jamil Barreto
Jamil Itro Ornellas
Jamil José Miguel
Jamiro Dias de Oliveiro
Jarbas Amorim
Jarbas de Holanda Pereira
Jasson de Oliveira Andrade
Jayme da Costa Paixão
Jayme José Pires
Jayme Pelinca Braga
Jayme Simplício da Costa
Jayme Staffa
Jayr Cossão
Jean Marc Frederic Charles von der Weid
Jecé Vieira dos Santos
Jefferson Rocha Braune
Jelcy Rodrigues Correa
Jerônimo Jarbas de Almeida
Jerônimo Ribeiro Coutinho
Jerônymo Pinheiro de Castilho
Joacir Pereira Magalhães
João Adelino Sussela
João Alberto Martins da Silveira
João Aleixo Rodrigues da Silva
João Alfredo Dias
João Alonso
João Alves dos Santos Lima Neto
João Anastácio Garreta Prats
João André de Lima
João Antônio Bovoloni
João Augusto Vieira
João Baptista Machado Marques
João Baptista Nunes Machado
João Barbosa do Nascimento
João Barbosa Ribeiro
João Barros dos Santos
João Batista de Paula
João Batista Moreira
João Bosco de Lima Cesar
João Bruno
João Camarão Dias
João Carlos de Melo Saraiva
João Carlos Duboc
João Carlos Kugler
João Cezário de Faria
João Conde
João Damasceno Brandão Filho
João de Abreu Pinheiro
João de Moura Dias
João de Oliveira
João de Oliveira
João de Souza
João de Souza Flávio
João de Souza Lima


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-eclésio-udeno-empresarial-militar

de 1º de abril de 1964.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

ÁLBUM 1


ÁLBUM 1


SOPHIA LOREN


MINAS GERAIS


OURO PRETO

Outra fatal época veio encher de horror e contristar o povo de Villa-Rica.

Luiz Antonio Furtado de Mendonça, Visconde de Barbacena, tomou posse do governo em 11 de julho de 1788; homem fraco e por conseguinte timorato deixou-se arrastar por intrigas ao ponto de, sob pretexto de infernal revolução, mandar aferrolhar nas prisões os ilustres e primeiros martyres da liberdade e independência do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, Claudio Manoel da Costa. Gonzaga, Alvarenga e outros, que depois forão deportados, estrangulados e soffocados, como com justas suspeitas pensa-se que o foi Claudio Manoel da Costa.

Entretanto a dous anciões respeitáveis já ouvimos que não existia plano algum assentado entre essas victimas do attentado do governo portuguez, mas só que elles enthusiastas da liberdade censuravão francamente os abusos do poder, e que uma vez imprudentemente em um jantar, a que também assistia o traidor Sardinha, que delles se fingia amigo, tratarão de organisar uma sociedade, cujo fim fosse libertar o paiz do ferrenho jugo que o opprimia. (Ha nesta capital muitas pessoas que ouvirão aos coevos de Claudio que elle foi soffocado por dous soldados de ordem superior, e que depois se fez espalhar o boato de ter-se suicidado, abrindo uma veia com o garpho da fivella dos calções, e escripto com o sangue um dístico na parede.

Seu corpo foi mandado enterrar no campo, mas o vigário Vidal, intimo amigo do finado, não querendo, ou tendo razões para não crer no apregado suicídio do Dr. Claudio, ajudado pelo sacristão, foi ao lugar, desenterrou o corpo e conduziu-o para a Matriz do Ouro Preto dando-lhe uma das três sepulturas abaixo do presbiterio do lado esquerdo.

Consta mais que Cláudio conduzido poucos dias de morrer à presença do governador tivera com este forte altercação e que o visconde taxando-o de traidor ao rei, elle respondeu – traidor foi vosso avô, que vendeu a pátria.

Se isto assim sucedeu, não seria causa de sua morte?).

Sardinha tendo aprovado muito a ideia, apenas livre dos convivas, vendeu seus hóspedes, dando-lhes em troca de ósculos ferros, em recompensa da franqueza que a amizade inspira a morte!!

Narrando os factos que temos ouvido referir é nosso fim somente chamar a attenção das illustrações do paiz para um estudo minucioso destes acontecimentos.

Trinta e um annos depois desta luctuosa tragedia, outro movimento político annunciava a proxima independencia do Brasil.


Almanaque Mineiro
Século XIX
Impresso em Ouro Preto
Em 1864.
Respeitada a ortografia da época.

domingo, 11 de maio de 2014

LAUREN BACALL


SEU MESTRE É QUEM MANDA


Isto aqui é mesmo uma “banana republic”. A Presidência da República, o STF, o Congresso, todos entregaram o comando e a avaliação do Brasil ao senhor W., da FIFA. As leis são mudadas, a Constituição é mudada, o Sr. W. diz lá fora cobras e lagartos do Brasil, já disse que mereceríamos um pontapé na bunda, por aí...

Tudo isto, no fundo, é mais uma trapalhada do doutor da mula russa, o milionário que nos dirige (abaixo do sr. W., bem entendido), o anarfa e trapalhão-mor sr. Lulu e da “gerenta” que finge governar, lançando mão, para isto, dos sábios conselhos do enganador maior.

Por tudo isto, é que, no nosso modesto pensar, é fundamental para todos os que têm pelo menos uma gota de amor ao Brasil ou ir para as manifestações, enfrentando o aparato bélico que foi cuidadosamente preparado para as forças de combate ao povo brasileiro, ou ficar em casa, com a televisão desligada. Não dê a mínima para a festança da Fifa, à custa do meu, do seu, do nosso...

Para passar o tempo, recomendo a todos a leitura da versão adulterada de “O Alienista”, de Machado de Assis, com 600.000 volumes editados, também com o nosso e com o alto patrocínio da burrice dominante no Ministério da Deseducação do Brasil.


Depois, quando eu falo que todo petralha é burro... 

sábado, 3 de maio de 2014

O PÃO NOSSO

BRANCA DE NEVE

Caibo melhor no mundo
se me dou conta do que julgava impossível:
‘Nem todo alemão conhece Mozart.’
Um óbvio, pois nem é preciso,
Cada país tem seu universal
E basta um para nos entendermos.
Com os russos me sinto em casa,
não podem ver uma névoa,
uma agüinha, uma flor no capim
e param eternos minutos fazendo diminutivos.
Como o jagunço Riobaldo que sabe do mundo todo
e tem Minas Gerais na palma de sua mão.
Fico hiperbólica para chegar mais perto.
“Geração perversa, raça de víboras
não é também um exagero do Cristo
para vazar sua raiva?
Escribas e fariseus o tiravam do sério.
Mas todos eles? Todos?
Cheiramos mal, a maioria,
e sofremos de medo, todos. O corpo quer existir,
dá alarmes constrangedores.
Me inclino aos apócrifos como quem cava tesouros.
É evangélico que trabalhem cantando
os anõezinhos da história.
No fundo todos queremos
conhecer biblicamente,
apesar de que os pés de página,
por mania de limpeza,
não é sempre que ajudam.
O verdadeiro é sujo,
Destinadamente sujo.
Não são gentilezas as doçuras de Deus.
Se tivesse coragem, diria
o que em mim mesma produziria vergonha,
vários me odiariam,
feridos de constrangimento.
Graças a Deus sou medrosa,
o instinto de sobrevivência
me torna a língua gentil.
Aceito o elogio
de que demonstro ‘tino escolhitivo’.
Pra quem me pede dou listas de filme bom.
Demoro a aprender
que a linha reta é puro desconforto.
Sou curva, mista e quebrada,
Sou humana. Como o doido,
bato a cabeça só pra gozar a delícia
de ver a dor sumir quando sossego.


Adélia Prado
Miserere
Record. Rio de Janeiro.
1ª edição. 2013.


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3008


3008


GRACE KELLY


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Hortílio Pereira de Castro
Huberto Menezes Pinheiro
Hudson Alfredo de Miranda
Hugo de Araújo Faria
Hugo de Carvalho
Hugo Nobre Calado
Humberto Archibald Campbell
Humberto Brasileiro Bahia
Humberto Clementino da Silva
Humberto Lessa de Vasconcellos Filho
Humberto Molinaro
Humberto Monteiro Teixeira Marinho
Humberto Paiva Xavier
Ignácio José da Gama Medeiros
Índio Brum Vargas
Inocêncio Times Serres
Iorodeme Machado
Iracema Ferreira Maia
Iran Teixeira de Melo
Irênio Ignácio da Silveira
Irmo Marques
Ismael Kotler
Ismail Fernandes
Israel Beloch
Israel Gomes Caldeira
Ítalo de Souza Rocha
Ítalo Gasparotti
Itamar Correa Viana
Itamar Maximiano Gomes
Ivan Alves Correa
Ivan Chagas
Ivan de Lucena Ângulo
Ivan Gonçalves Cidreira
Ivanildo Lins Fialho
Ivanir de Souza Bastos
Ivespaziano de Vasconcellos Ribeiro
Ivo Carneiro Valença
Ivocyr Caene Ghem
Ivon Ferreira
Ivon Sardenberg
Izaltino Pereira
Jacinto Francisco de Paiva Neto
Jacob Cardavid Hess
Jacob Neuri Tumarjan
Jader Fernandes Penna
Jadir Souza Amorim
Jahir Ferreira Mallet
Jaime Baratz
Jaime Barreto Peixoto
Jaime Ferreira da Silva
Jaime Garbelotto
Jaime Ribeiro de Barros
Jaime Silva
Jair Alvarenga
Jair Ferreira Rodrigues
Jair Kelly Mariz


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-eclésio-udeno-empresarial-

militar de 1º de abril de 1964.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

3008


3008


OS INCONFIDENTES


Testemunha 16ª

José Vicente de Morais Sarmento, Capitão do Primeiro Regimento de Auxiliares desta Capital, natural da Vila de Vinhais, Comarca de Miranda do Douro, assistente nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, que vive de suas fazendas, de idade de cinquenta e dois anos, testemunha a quem o dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, sob cargo do qual lhe encarregou que jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que prometeu fazer como lhe estava encarregado.

E perguntado ele testemunha pelo conteúdo no Auto desta Devassa que todo lhe foi lido, disse que antes das prisões que se fizeram nesta Vila e em São João del-Rei, nunca ouviu falar coisa alguma positiva a respeito do levante que se pretendesse concitar; e somente, estando certo dia na loja do Capitão Antônio Ferreira, e achando-se na mesma o Coronel Inácio José de Alvarenga, se entrou a falar na derrama que se pretendia lançar, em cuja ocasião principiou a dizer aquele Alvarenga que faziam muito mal em lançarem derrama; que a terra estava muito decadente e que desta sorte se ia pondo o povo em termos de alguma sublevação, para o que tinham bem fresco o exemplo da América Inglesa. E que também, depois das ditas prisões, ouvira ele, testemunha, dizer ao Tenente-Coronel Antônio José Soares de Castro que, pedindo umas mulheres desta Vila, por alcunha as Pilatas, ao Alferes Joaquim José da Silva concorresse para se assentar praça de soldado na Tropa Paga a um seu irmão, ele lhe respondera que deixassem estar, que brevemente se lhe assentaria praça, porque ele, dito Alferes, estava para ser um grande homem. Também ouvira dizer ele, testemunha,  a várias pessoas, que o mesmo Alferes, encontrando no caminho do Rio, ou na cidade já, um homem tropeiro, fulano Pires, que anda no caminho para esta Vila, lhe recomendara que trouxesse bem pólvora, chumbo e sal; e mais não disse. E perguntado pelo referimento que nele fez a testemunha, o Tenente-Coronel Basílio de Brito Malheiro, que todo lhe foi lido, disse que passa na verdade quanto a dita testemunha referiu, o que aconteceu na mesma forma que se menciona, e ele testemunha tem já recontado; e só mais declara que achando-se em casa do Doutor Cláudio Manuel da Costa, haveria oito dias pouco mais ou menos antes da sua prisão, e conversando-se sobre as que se tinham feito, lhe disse o mesmo Doutor que não se podia capacitar que os homens que se tinham presos o fossem por intentarem alguma sublevação, porquanto nem havia dinheiro, nem armas, nem potência alguma estrangeira que os favorecesse; e que do contrário não podia tal intento ter êxito algum, nem subsistência, e o que o intentasse sem estes essenciais requisitos se devia reputar por bêbado ou por louco. E mais não disse, nem aos costumes; e sendo-lhe lido o seu juramento, o assinou com o dito Ministro, e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, o escrevi.



Saldanha – José Vicente de Morais Sarmento


Publicação da Câmara dos Deputados
e do Governo do Estado de Minas Gerais
Brasília / Belo Horizonte. 1976.

ELIZABETH TAYLOR