quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

EU TENHO ÓDIO DO PETÊ, DOS PETISTAS E, PRINCIPALMENTE, DA BANCADA PETISTA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.





Vergonha !!!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

3008


OS NOVOS INCONFIDENTES

OS NOVOS INCONFIDENTES
DEMISSÃO

Edson Corrêa Costa
Edson da Mota Oliveira
Edson da Rocha Falcão
Edson de Medeiros
Edson Rodrigues Pêgas
Eduardo Chuahy
Eduardo Isidoro Ferreira Gomes
Eduine Marques Borges
Edval Augusto de Melo
Edvaldo Souza
Edvaldo Teixeira
Edyr Marques
Egistho de Almeida Ramos
Egydio Espósito
Elbert de Menezes
Elias Clarimundo de Moraes Teixeira
Elias da Costa Lima
Elias Graiche
Elias Haddad
Elias Ohana
Élio Cesar de Souza
Eliud de Araújo
Elizário Moreira de Araújo
Elliston Silva
Elmo Perdomo
Elpídio Costa de Souza
Elpídio Veiga Valladares
Ely José Quint
Emigdio Mariano dos Santos
Emílio Bonfante DeMaria
Enaura de Albuquerque
Enéas de Jesus Nery Corrêa
Enedir Gonçalves
Eni Antônio Silveira
Ênio Turíbio da Silva
Enoch Mendes Saraiva
Enos Sadock de Sá Motta
Epaminondas Linas
Epaminondas Xavier Gracindo
Eraldo Passos
Erasmo Feliciano de Souza
Ercasse de Carvalho
Érico Czaczkes Sachs
Erivan Napoleão de Medeiros
Ermídio Moisés Mendes
Ernande Pedro de Lima
Ernandes Silveira
Ernani Ferreira
Ernani Jota
Ernani Lopes Mesquita
Ernani Maria Fiori
Ernani Viera de Araújo
Ernesto Baron
Ernesto de Souza Barbosa
Eronides Francisco Soares
Esdras Dantas Santos
Estanislau Fragoso Batista
Estoecel Ribeiro Santana

sábado, 22 de fevereiro de 2014

3008


MINAS GERAIS


MUNICÍPIO DE OURO PRETO


DISCRIPÇÃO E NOTÍCIA HISTÓRICA DA CIDADE DE OURO-PRETO, CAPITAL DA PROVÍNCIA DE MINAS

Os primeiros habitantes das margens dos ribeirões, que vertem das impinadas serras que cercam esta cidade, forão Antonio Dias Taubateno, o padre João de Faria Fialho, que legarão seus nomes a dous bairros da cidade, e os paulistas Thomas Lopes de Camargos e Francisco Bueno da Silva, os quaes vierão aqui ter em 1699.

A riqueza encontrada no solo de Vila-Rica foi attrahindo aventureiros e ambiciosos de ouro, e em pouco tempo a população cresceu e dispersou-se pelos arrebaldes de S. Sebastião, Santa Anna, S. João, Pão-Doce, Ramos, Antonio Dias e Ouro-Preto.

Desde aquella época de 1699 até 1709 tantas e tão repetidas forão as rixas, que a anarchia veio aqui estabelecer-se, e desde então a vida e a propriedade existião entregues ao poder brutal de pequenos, mas crueis regulos, que dictavam a lei com a ponta do punhal, até que sendo sabedor disto o Governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, veio e conseguio por termo a tão excepcional estado de coisas, submettendo o principal revoltoso, Manoel Nunes Vianna, portuguez activo, astuto e que sabia illudindo a todos, impôr a sua vontade de bronze.

(Extrahimos do livro da camara de Sabará o seguinte termo, que está um pouco em desarmonia com o que consta dos documentos que temos a vista  — Eis o termo — “Srs. do senado — Quando eu vi em minhas mãos o ofício que o dr. corregedor desta camara dirigio a este senado com a data de1785, e igualmente a ordem régia que nelle se contempla, eu me senti preocupado de um bem fundado receio de não poder cumprir com o respeitoso preceito que vai na dita ordem e que se me impõem e de passar por isso pela vergonhosa injúria de ser um vassalo inutil ao Estado, e a republica. Porém como ao mesmo tempo foi manifesto ao meu conhecimento  que as primeiras obrigações temporaes dos vassallos é prestar uma obediencia submissa na execução e cumprimento dos Mandados Regios ainda que muito embora perigue a própria reputação, por se dever antepor a esta a fidelidade, eu me dispuz logo para fazer uma indagação minuciosa das noticias e tradições que me servissem para formar o plano da relação que faz o objecto de minha comissão, e a força de um pouco de trabalho, gostosamente despendido, apenas pude individuar — Que arrogando Manoel de Borba Gato o título de Governador de Minas pelo previlegio de ter sido o descobridor dellas, unido Valentim Pedroso de Barro, e outros que havião subido da Capitania de S. Paulo, procedeu naquele despotico governo com um desvio total daquellas prudentes maximas, que devem ser inseparaveis da conducta, e da pessoa de quem tem a seu cargo semelhante regencia. E por isto fatigados os povos de soffrer involuntarios e pesados effeitos de um comportamento irregular desde o anno de 1698 até 1708, nelle elegerão com pluralidade de votos, para seu Chefe, com o título de capitão regente, a Manoel Nunes Vianna, homem branco e Européo. E aceitando elle a nomeação, e cargo arbitrariamente conferido por aquelles povos emprehendeu logo a expulsão dos paulistas do continente de Minas, e conseguindo indisputavelmente o dito empenho por força do grande auxilio de armas, com que foi socorrido de todos os habitantes do paiz que forçadamente soffrião e supportavão o entruso governo de Borba, continuou e permaneceu na dita regencia, até que por ordem da Côrte chegou a estas minas o Illm. e Exm. Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho a quem prompta e submissamente entregou a regencia e governo o dito Vianna, presando-lhe todos aquelles obsequios que são devidos a um talpersonagem como um verdadeiro delegado do Príncipe Soberano e Rei Nacional. Eu não individuo e faço relação de muitos factos acontecidos com os paulistas e Européos durante a regencia daquele Vianna, por que elles nada tem de memoráveis, antes serveria de escandalo e horror a posteridade fazer lembrados uns factos de que não é facil achar exemplos entre os povos de uma mesma nação, e vassalos de um mesmo Principe; pois para total horror de sua lembrança bastava serem demonstrativos da irreligião com que vivião os ditos individuos, porque preocupados somente da ambição e avaresa nem prestavão socorros ao proximo nas suas necessidades, nem reverenciavão a Deus como verdadeira e unica causa de todas as felicidades, e por isso é melhor que no silencio se occulte memorias tão vergonhosas.”

O que se segue no termo é tudo relativo ao Sabará e por isso não transcrevemos o resto.

Esta memória foi apresentada pelo Vereador Capitão Manoel Alves Carneiro a 23 de Outubro de 1786.


Publicado no “Almanack Mineiro
em 1864, na cidade de Ouro Preto
(respeitada a ortografia da época)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

3008


OS INCONFIDENTES


ASSENTADA


Aos vinte e seis dias do mês de junho de mil e setecentos e oitenta e nove, nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar e casas do Desembargador Pedro José Araújo de Saldanha, Ouvidor e Corregedor desta Comarca, onde eu, escrivão ao diante nomeado, fui vindo , e sendo aí, pelo dito Ministro foram perguntadas as testemunhas, cujos nomes, naturalidades, moradas, ofícios, e idades são os que se seguem; do que eu para constar fiz este termo; e eu, o bacharel José Caetano César Manitti, escrivão nomeado, o escrevi.

Testemunha 12ª

José de Vasconcelos Parada e Sousa, sargento-mor do Regimento de Cavalaria Paga desta Capitania, natural de Torres Novas, Comarca de Santarém, idade de quarenta e oito anos, testemunha a quem o dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, subcargo do qual lhe encarregou dissesse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer como lhe era encarregado.

E perguntado ele, testemunha, pelo Auto desta Devassa que lhe foi lido, disse que estando havia tempos destacado no Tejuco por comandante, nunca aí viu coisa alguma relativa à matéria que no Auto se menciona; e que sendo rendido do dito destacamento, chegando a esta capital de Vila Rica a vinte e oito de março do corrente ano, também do mesmo modo não ouviu falar em semelhante assunto; só porém depois de se praticarem no Rio de Janeiro as prisões do Alferes do seu Regimento, Joaquim José da Silva, por alcunha o Tiradentes, e do Coronel Joaquim Silvério dos Reis, assim como nesta capital, a do Desembargador Tomás Antônio Gonzaga, e na comarca do Rio das Mortes a do Coronel Alvarenga e do vigário de São José, é que ele, testemunha, ouviu dizer, estando em uma ocasião na parada, ao tenente do mesmo Regimento José Antônio de Melo, rompendo-se a notícia das já referidas prisões, que ele não deixava de atinar na causa do procedimento contra aquele Alferes Joaquim José no Rio de Janeiro; e perguntando-lhe ele, testemunha, por que motivo tinha sido, lhe respondeu o dito Melo: “Que a sua língua o tinha perdido”; e instando-lhe que lhe contasse o que é, lhe tornou outra vez: “que pela sua língua”; depois do que, ficando ele, testemunha, só com o dito tenente Melo, se chegou este e lhe disse: “Agora é que me posso explicar a respeito da prisão do Alferes Joaquim José, que atribuo à sua língua por motivo de que, procurando-me em certa ocasião em minha casa, me disse que este país de Minas Gerais era riquíssimo, mas que tudo quanto produzia lhe levavam para fora sem nele ficar coisa alguma do tanto ouro que ne se extrai; que os quintos não deviam também sair, e que os ofícios se deviam dar aos filhos destas Minas, para dotes de suas filhas e para sustentação de suas famílias; que havia pouco se tinha despedido deste país um general carregado de dinheiro, e que aí vinha já outro fazer o mesmo; e que estes que assim especulavam este continente se não recordavam o que sucedeu ainda de fresco na América Inglesa. Ao que o dito tenente Melo lhe respondeu: que não queria escutar semelhantes discursos e que, se o via visitar, que lhe não referisse semelhantes coisas. E disse-lhe ele, testemunha, depois de ponderar a importância do negócio que tinha escutado, daí a um ou dois dias, que ele tenente devia ir contar tudo ao senhor general, senão o faria ele, testemunha, no que já estava de acordo com o sargento-mor efetivo do Regimento, Pedro Afonso, a quem tinha comunicado e dito que ia dar parte a sua excelência; ao que lhe tornou o mesmo sargento-mor que assim lhe cumpria fazer, mas que deste modo ficava aquele tenente perdido, em cujos termos, melhor faria que ele mesmo, tenente, fosse diretamente delatar-se. Foi (o tenente) por ele, testemunha, e pelo dito sargento-mor efetivo, persuadido a que logo e logo o fizesse; e que não o executando assim, ambos, ele, testemunha, e dito sargento-mor o iam fazer; (isto) porque, todo o referido, havia o mencionado tenente outra vez recontado na presença do mesmo sargento-mor efetivo, o qual ouvindo, disse que naqueles termos estava já na mesma obrigação em que ele, testemunha, se achava, de irem declarar tudo a sua excelência, quando ele tenente o não fizesse logo. O que, assim praticado, ficou o dito tenente na firme resolução de ir contar tudo ao excelentíssimo senhor general, dizendo que tinha escutado aquele discurso sem maior apreensão e que, na verdade, o teve por uma produção desarranjada da pouca capacidade daquele alferes, geralmente reconhecida, pois do contrário não teria ele tenente falado em tal. E com efeito, na noite desse mesmo dia indo buscar o santo (na linguagem militar da época, é receber a senha para o corpo da guarda palaciana, a ser dada pelo capitão-general no fim de cada dia – TJBO), ele, testemunha, e dito sargento-mor viram que ele, dito tenente Melo, se tinha deixado ficar na sala, persuadindo-se ambos que fora para o fim referido; no que mais se firmaram porque, logo no outro dia, se entrou aquele Melo a se retirar deles ambos, especialmente dele, testemunha, mostrando-se muito pesado, talvez por ele ser o primeiro que o obrigou àquela delatação, de que se persuade levaria alguma grande repreensão por a não fazer mais cedo. E também declara ele, testemunha, ter ouvido, mas não se lembra verdadeiramente a quem, que o mesmo alferes tinha recomendado a um homem do caminho, Fulano Pires, que trouxesse bem pólvora, chumbo e sal para Minas, que os havia gastar bem. E logo que se fizeram aquelas prisões, ouviu ele, testemunha, dizer publicamente que o Desembargador Gonzaga, o Coronel Alvarenga, o vigário de São José e seu irmão, o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Piza, eram entrados na sublevação de que o dito Alferes Joaquim José tratava, admirando-se algumas pessoas que tanto o Cônego Luís Vieira, como o Doutor Cláudio Manuel da Costa escapassem de ser presos, em razão da íntima amizade que ambos conversavam, como era bem constante, com os referidos; e que, naturalmente, parecia deviam estar compreendidos na mesma desordem.

E perguntado pelo referimento que nele fez a testemunha tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro, disse que passa na verdade o referido; mas que, quando se falou entre os nele referidos sobre a prisão do Coronel Alvarenga, pondo as mãos na cabeça, o capitão José Vicente se explicou pelas formais palavras: “Agora é que eu caio, em que a prisão do Alvarenga há de ser talvez pelo que ele disse na loja de Antônio Ferreira, mercador desta Vila, falando na derrama que sua excelência queria deitar na capitania; que sua excelência fazia muito mal, porquanto este país estava muito decadente e que não podia com semelhantes tributos; e que bem podia exemplificar-se no que sucedeu na América Inglesa, porque podia haver uma sublevação. E mais não disse, nem dos costumes; e sendo-lhe lido o seu juramento, o assinou com o dito Ministro, e eu, o bacharel José Caetano César Manitti, o escrevi.



Saldanha   -   José de Vasconcelos Parada e Sousa    

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

3008


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Demétrio da Rocha Ribeiro
Demétrio Pereira de Holanda
Demóstenes Dias da Rocha
Demóstenes Coelho de Moura
Dennis William Vincent Barsted
Deodato Batista Fabrício
Deusdedith Mendes Ribeiro
Devas Isaías Evans
Dilceu Xavier
Dilermando Rosseto
Dilmar Lima Stoduto
Diogo Asturiano
Diogo Mastroroco
Diomedes de Figueiredo Moraes Júnior
Dirceu de Paiva Guimarães
Dirceu Jacques D’Ornellas
Dirceu Munhoz
Djalma Oliveira da Silva
Doacyr Fernandes de Oliveira
Domar Campos
Domingos Alberto do Nascimento Filho
Domingos Donadio
Donato Ferreira Machado
Dorival Assumpção
Doroti Aparecida Bernuci Pinto
Douglas de Sá Tavares
Douglas Santana de Abreu
Douglas Sidney Amora Levier
Dourival Rodrigues Beulke
Duílio Caldeira
Dulce Luci Bentes Moura
Durval Gadelha
Edayr Nunes Netto
Edésio Ribeiro Costa
Edevard Gomes Carneiro
Edgar de Souza Pinho
Edgar Guimarães Valle
Edgar Lopes Miranda
Edgard Ferreira da Silva
Edgard Mazzei
Edie Galeso
Edilnei Roque Vilanova
Edio Emigdio Erig
Edir Meireles
Edison Chaves da Costa
Edison Chobanian
Edison Holanda Moreira
Edison Moreira Gitai
Edison Pinto Sobrinho
Edison Soares White
Edival Augusto de Melo
Edmilson Ferreira da Costa
Edmo do Valle
Edmundo Marques da Silva
Edmundo Rodrigues da Silva

Edson Alves da Costa e Silva


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-eclesiástico-empresarial-
militar (sob o comando direto da Casa
Branca) de 1º de abril de 1964.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

3008


OS INCONFIDENTES


TESTEMUNHA 11ª


JOSÉ JOAQUIM DE OLIVEIRA, homem branco, natural da Vila de Aldeia Galega, Comarca de Setúbal, Patriarcado de Lisboa, morador nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, em casa de Silvério Furtado da Silveira, que vive de sua agência, de idade de trinta e dois anos, testemunha a quem ele dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que pôs sua mão direita, subcargo do qual lhe encarregou que jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer como lhe era encarregado.

E perguntado ele, testemunha, pelo conteúdo no Auto dessa Devassa que todo lhe foi lido, disse que depois de se efetuarem nesta Vila Rica e na Comarca do Rio das Mortes as prisões que se têm feito, assim como também no Rio de Janeiro, ouviu constantemente dizer que estava para haver um levante nestas Minas, pelo que se tinham feito aquelas prisões, sendo o cabeça, ou chefe dele, um Alferes do Regimento Pago desta Capital, Joaquim José, por alcunha o Tiradentes, que fora preso no Rio de Janeiro; e mais não disse.

E perguntado ele, testemunha, pelo referimento que nele fez o tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro, disse que tudo nele referido era pura verdade e se passara na mesma forma que no dito referimento se acusa; cuja notícia ouviu ele, testemunha, do Doutor e Tenente-Coronel Antônio José Soares de Castro, de que absolutamente havia perdido a lembrança, por ser o único de quem a tinha ouvido, e ter sido este acontecimento muito tempo antes de se fazerem as sobreditas prisões; e declara mais ele, testemunha, que achando-se no Rio das Mortes em casa de um pardo, mestre de música, por nome José Manuel Vieira, (que assistia paredes meias e conjuntamente com a casa onde morava o Coronel Inácio José de Alvarenga), o qual ensinava música a uma filha do dito, por nome Dona Maria Efigênia, segundo sua lembrança, e tratando-se sobre o seu adiantamento, lhe disse aquele José Manuel que a dita menina  nunca poderia adiantar-se muito, e isto pelo demasiado mimo com que a criava sua mãe, a qual lhe costumava chamar “princesa do Brasil” e acrescentava que, se este continente viesse em algum tempo a ser governado por nacionais, sem sujeição à Europa, a ela lhe pertencia (o título) por antiguidades de paulista, sendo a família e sua casa das primeiras. E mais não disse; nem dos costumes , por que foi perguntado; e assinou com o dito Ministro, depois de lhe ser lido o seu juramento que achou conforme; e eu, o bacharel José Caetano César Manitti, escrivão comissário, que o escrevi.



Saldanha   -   José Joaquim de Oliveira

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

3008


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Cezário Mattias de Almeida
Christiano dos Santos
Cibilis da Rocha Viana
Cícero Assunção da Silva
Cícero Gomes da Silva
Cid Ferreira da Silva
Clairval Teixeira
Claudio Cardoso
Claudio Carvalho do Nascimento
Claudio de Oliveira Santos
Claudio Francisco Cardoso
Claudio Pereira Tavares
Claudio Roberto Cauduro
Cleacyr Scaglione
Cleber de Souza Fourreaux
Cleomo Olimpio Ferreira de Mello
Cley de Barros Loyola
Cleyde Almeida Fernandes
Clidenor de Freitas Santos
Clovis Costa Filho
Clóvis Glycerio Gracie de Freitas
Clóvis Lima da Fonseca
Clybas Egídio da Silva
Coaracy Martins de Oliveira
Coaracy Sobreira Barbosa
Colemar Natal e Silva
Conrado Schultz Neto
Constâncio de Oliveira
Constantino José Somer
Creso Cardoso da Cunha Coimbra
Creso Marciglio
Crictovino Bittencourt
Dael Machado de Azevedo
Dagoberto Rodrigues
D’Alembert Jorge Jaccoud
Dalísio Machado
Dalmo Diogo Rosas
Dalmo Macedo Gaspar
Daltro Jacques Dornellas
Damião Soares Nascimento
Dante Teixeira Nunes
Darci da Rosa
Darci dos Santos
Darcy da Silva Fonseca
Darcy Policarpo
Darcy Ribeiro
Darcy Rodrigues
David Borges da Silva
David Lerer
David Nelson Menda
Décio Alves Cardoso
Décio Bergamaschi Freitas
Délio Viana de Oliveira
Delorgenes Paoli
Demerval Pessanha


Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-empresarial-eclesiástico-militar
de 1º de abril de 1964.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

3008


OS INCONFIDENTES


TESTEMUNHA 10ª

Antônio de Afonseca Pestana, Sargento-Mor do Regimento de Cavalaria Auxiliar de São José, Comarca de Rio das Mortes, natural da mesma Vila e nela morador no sítio chamado de Pedra; que vive de suas fazendas, de idade de quarenta e seis anos, testemunha a quem ele, dito Ministro, deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles em que pôs sua mão direita, subcargo do qual lhe encarregou que jurasse a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer como lhe estava encarregado.

E perguntado ele, testemunha, pelo conteúdo no Auto desta Devassa, que todo lhe foi lido, disse que vindo ele em certa ocasião pela Vila de São João del-Rei, onde costumava ir muitas vezes às suas dependências, encontrara na Rua do Carmo ao Alferes Joaquim José, por alcunha o Tiradentes; e perguntando-lhe este depois de se cumprimentarem, como ia de utilidades, lhe respondeu ele, testemunha, que muito mal pelas diminutas conveniências que se faziam; ao que replicou, o dito Alferes, que este país das Minas era fertilíssimo e riquíssimo de tudo e, a não ir toda sua riqueza para fora, seria a terra da maior utilidade; e que tempo viria em que acontecesse alguma sublevação, e escusariam os moradores de sofrer derramas e outras imposições, e de aturar ministros que faziam insolências à terra. Ao que tudo ele, testemunha, lhe respondeu que não fosse louco, e que semelhantes matérias nem se falavam, nem se ouviam. E se retirou imediatamente, não pensando que o dito Alferes dissesse aquelas palavras com ânimo dobrado e com segunda tenção.

Em outra ocasião, indo àquela Comarca o Ajudante de Ordens João Carlos Xavier da Silva Ferrão, a passar revista aos Regimentos Auxiliares de ordem do Excelentíssimo Senhor Visconde General, achando-se o dito Ajudante de Ordens em casa do Capitão José de Resende Costa, no Distrito da Laje, passando-se revista ao Regimento de que é Coronel Severino Ribeiro, e estando aí presente ele, testemunha, observou que o Coronel Joaquim Silvério dos Reis, que também se achava assistindo, dissera perante os circunstantes (de cujos nomes só lhe lembra unicamente o Sargento-Mor Luís Vaz de Toledo Piza), que esta terra era muito abundante de ouro e pedras preciosas e que, da mesma sorte, produzia muitos efeitos utilíssimos; e que viria tempo em que se tornasse um florente Império.

E quando ele, testemunha, vinha agora para esta vila, encontrou no caminho um homem chamado José Francisco Dutra, morador para as partes da Igreja Nova, Comarca do Rio das Mortes, o qual conversando a respeito das prisões do Alferes Joaquim Tiradentes, e outros, lhe contara que tinha ouvido dizer que, já no tempo do governo do Excelentíssimo Senhor Luís da Cunha e Meneses, o mesmo Alferes andara com mania de falar em levantes nestas Minas. E declara mais ele, testemunha, que depois das ditas prisões, assim no Rio de Janeiro como nesta Vila Rica e na Comarca do Rio das Mortes, do dito Tiradentes, Joaquim Silvério, o coronel Alvarenga, o padre Carlos, vigário da Freguesia de São José, o Desembargador Gonzaga, e Domingos de Abreu, ouvira publicamente discorrer que as sobreditas prisões derivavam: uns, de diamantes; outros, de extravio de ouro em pó. Mas que passados alguns dias mais, era voz constante que aqueles procedimentos nasciam de notícias de alguma sublevação; e que por ele, testemunha, ser sabedor destes discursos, viera ultimamente denunciar os já referidos fatos ao Excelentíssimo Senhor Visconde General, como efetivamente executou; e mais não disse, nem dos costumes, a que foi perguntado, e só declara ser compadre do coronel Inácio José de Alvarenga; e assinou com o dito Ministro, lido o juramento, e eu, o bacharel José Caetano César Manitti, escrivão nomeado, o escrevi.



Saldanha  — Antônio de Afonseca Pestana

sábado, 1 de fevereiro de 2014

3008


OS NOVOS INCONFIDENTES


DEMISSÃO

Benedito Cândido da Silva
Benedito Cruz Sampaio
Benedito da Costa Veloso
Benedito da Costa Carvalho
Benedito Del Bosco Moura
Benedito Herculano
Benedito Pimentel
Benedito Rodrigues Lisboa
Benedito Santana da Silva Freire
Benedito Soares de Jesus
Benício Basílio Santiago
Benício Carlos de Santana
Benito Fernandes
Benjamim Rivera
Bento de Arruda Câmara
Bernardo Elis Fleury de Campos Curado
Bismar Borges
Bolivar Marinho Soares de Meirelles
Bóris Davidoff
Bráulio Souza Machado
Bruno Schmidt
Caetano da Silva Brum
Caetano Germano Jovane
Caio Monteiro de Barros Filho
Cândido Colombo Cerqueira
Cândido José de Siqueira
Carlos Alberto Cabral
Carlos Alberto Cirilo Seixas
Carlos Alves de Matos
Carlos Augusto de Albuquerque
Carlos Augusto Pinheiro Alves
Carlos Caetano Bolsas
Carlos Codevilla Tavares
Carlos Cruz
Carlos da Silva Gruber
Carlos Danilo Castelo Branco
Carlos Domingues Limeres
Carlos Eduardo Condack
Carlos Galvão de Miranda
Carlos Gravina
Carlos Heitor Schueler Reis
Carlos Ignácio de Amorim
Carlos Matos Moura
Carlos Menezes Diniz
Carlos Monteiro
Carlos Pires de Sá
Carlos Salvatore
Carlos Sgarbi
Casemiro Marinho dos Santos
Celi João Brendim
Celso Bathuel Fraga
Celso Cabral Nóbrega
Celso Teixeira Brant
Celuta Cardoso Ramalho
Cézar Augusto Chiaffitelli


Publicado pela Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas da ditadura resultante do golpe ianque-udeno-eclesiástico-empresarial-militar de 1º de abril de 1964.

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