Quando eu dava aulas numa faculdade de certa cidade onde
morei, a maior parte dos alunos que, além do curso de Letras, também cursavam direito tinham como ídolo
uma professora que se dizia de Literatura Portuguesa (uma coisa que começava
com algo com que nada temos a ver, um país estrangeiro), mas que, na verdade,
era mestra de História da Literatura. História da Literatura é história.
Literatura é outra coisa. Como a história é aparentada com o direito, (uma
velha piada diz que “história é o relato de alguma coisa que não aconteceu,
feito por alguém que não estava lá”), primeiro a tese, depois os argumentos
para sustentá-la, eles conseguiam entendê-la e a achavam o máximo... Os alunos
inteligentes da turma morriam de rir.