Cavalo
lírico
da
solidão — é quando
são
quatro patas
no
chão — tambor da noite
tão
retumbante.
Cavalo
empírico
é
quando ao sangue furta
a
flor das matas
sua
cor de prata líquida
(a
ultraviolante).
Mas
o
onírico corcel
um
cavalo sonâmbulo
de
blau rompante
que
pasta as natas
do
puro sal da infância
é
um cavalo louco
de
elmo de lata
ou
à chuva azul de Minas
um
almirante.
1960.