CANÇÃO
DA FORMOSURA
Vinho
de sol ideal canta e cintila
Nos
teus olhos, cintila e aos lábios desce,
Desce
à boca cheirosa e a empurpurece,
Cintila
e canta após d’entre a pupila.
Sobe,
cantando, à limpidez tranqüila
Da
tu’alma estrelada e resplandece
Canta
de novo e na doirada messe
Do
teu amor, se perpetua e trila...
Canta
e te alaga e se derrama e alaga...
Num
rio de ouro, iriante, se propaga
Na
tua carne alabastrina e pura.
Cintila
e canta, na canção das cores,
Na
harmonia dos astros sonhadores,
A
Canção imortal da Formosura!
Cruz
e Sousa
Broquéis
Edusp.
São Paulo, SP.
1994.