terça-feira, 22 de outubro de 2013

UM APRENDIZ DE FEITICEIRO


EXERCÍCIO

A alma de todos se estreitou,
alargai-a!
Florestas ao vento! Velas ao mar!
Que a quilha ebúrnea contra as ondas estronde!
Apartai-as!
E o vinho de prata transfundi nas veias,
flores de sal tatuai na pele,
agora aberta ao vento e às salsas ondas.
Largai! A maralto!
Dai velas, dai ao largo vento,
Louros na testa, vinhos ao ar,
nenhum teto
sobre o navegante que ao mar oferto.
Grinaldas nas cabeças ostentai de rosas,
de várias cores colori os corpos,
embriagados corcéis do ondulante mar.




1994.