quarta-feira, 10 de julho de 2013

PANEM NOSTRUM


ENCARNAÇÃO

Carnais, sejam carnais tantos desejos.
Carnais, sejam carnais tantos anseios,
Palpitações e frêmitos e enleios,                                     
Das harpas da emoção tantos harpejos.

Sonhos, que vão, por trêmulos adejos,
À noite, ao luar, intumescer os seios
Lácteos, de finos e azulados veios
De virgindade, de pudor, de pejos...

Sejam carnais todos os sonhos brumos
De estranhos, vagos, estrelados rumos
Onde as Visões do amor dormem geladas...

Sonhos, palpitações, desejos e ânsias
Formem, com claridades e fragrâncias
A encarnação das lívidas Amadas!


Cruz e Sousa

Broquéis