ENCARNAÇÃO
Carnais,
sejam carnais tantos desejos.
Carnais,
sejam carnais tantos anseios,
Palpitações e frêmitos e enleios,
Das
harpas da emoção tantos harpejos.
Sonhos,
que vão, por trêmulos adejos,
À
noite, ao luar, intumescer os seios
Lácteos,
de finos e azulados veios
De
virgindade, de pudor, de pejos...
Sejam
carnais todos os sonhos brumos
De
estranhos, vagos, estrelados rumos
Onde
as Visões do amor dormem geladas...
Sonhos,
palpitações, desejos e ânsias
Formem,
com claridades e fragrâncias
A
encarnação das lívidas Amadas!
Cruz
e Sousa
Broquéis