LUBRICIDADE
Quisera
ser a serpe venenosa
Que
dá-te medo e dá-te pesadelos
Para
envolver-me, ó Flor maravilhosa,
Nos
flavos turbilhões dos teus cabelos.
Quisera
ser a serpe veludosa
Para,
enroscada em múltiplos novelos,
Saltar-te
aos seios de fluidez cheirosa
E
babujá-los e depois mordê-los...
Talvez
que o sangue impuro e flamejante
Do
teu lânguido corpo de bacante,
Da
langue ondulação de águas do Reno
Estranhamente
se purificasse...
Pois
que um veneno de áspide vorace
Deve
ser morto com igual veneno...
Cruz
e Sousa
Broquéis