Naquela
mesma noite, ele se levantou, tomou suas duas mulheres, suas duas servas, seus
onze filhos e passou o vau do Jaboc. Ele os tomou e os fez passar a torrente e
fez passar também tudo o que possuía. E Jacó ficou só.
E
alguém lutou com ele até surgir a aurora. Vendo que não o dominava, tocou-lhe
na articulação da coxa, e a coxa de Jacó se deslocou enquanto lutava com ele.
Ele disse: “Deixa-me ir, pois já rompeu o dia.” Mas Jacó respondeu: “Eu não te
deixarei se não me abençoares.” Ele lhe perguntou: “Qual é o teu nome?” —
“Jacó”, respondeu ele. Ele retomou: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel,
porque foste forte contra Deus e contra os homens, e tu prevaleceste.” Jacó fez
esta pergunta: “Revela-me teu nome, por favor.” Mas ele respondeu: “Por que
perguntas pelo meu nome?” E ali mesmo o abençoou.
Jacó
deu a este lugar o nome de Fanuel, “porque,” disse ele, “eu vi Deus face a face
e a minha vida foi salva.” Nascendo o sol, ele tinha passado Fanuel e
manquejava de uma coxa. Por isso os israelitas, até hoje, não comem o nervo
ciático que está na articulação da coxa, porque ele feriu Jacó na articulação
da coxa, no nervo ciático.
Gn
32, 23-3