quarta-feira, 12 de junho de 2013

UM APRENDIZ DE FEITICEIRO


POEMA

Sobrenadando em espirais de sangue,
a ânfora derrama óleo e brande sabres,
lançando dardos na cruz meridional,
que dardos, porém, nesta secura
são deste cravo amargo em carne crua:
o vértice, o vórtice, a vírgula do dia
flui de branda rosa em rosa murcha
e atira a lança em pungente retrocesso
para tanger esta paixão ao meio-dia.


“Diário de Minas”, 3/5/59.