Múmia
Múmia
de sangue e lama e terra e treva,
Podridão
feita deusa de granito,
Que
surges dos mistérios do Infinito
Amamentada
na lascívia de Eva.
Tua
boca voraz se farta e ceva
Na
carne e espalhas o terror maldito,
O
grito humano, o doloroso grito
Que
um vento estranho para os limbos leva.
Báratros,
criptas, dédalos atrozes
Escancaram-se
aos tétricos, ferozes
Uivos
tremendos com luxúria e cio...
Ris
a punhais de frígidos sarcasmos
E
deve dar congélidos espasmos
O
teu beijo de pedra horrendo e frio!...
Cruz
e Sousa
em
Broquéis