sábado, 27 de setembro de 2014
MINAS GERAIS
OURO PRETO
Presidente da Província
Conselheiro João Chrispinianno Soares, Official da Rosa, Palacio, rua Nova.
Vice-presidentes
1º Conselheiro José Joaquim Fernandes Torres, Official da Rosa, Marimbondo, municipio de Marianna.
2º Joaquim Delfino Ribeiro da Luz, Official da Rosa, Christina.
3º Senador Manoel Teixeira de Souza, Official da Rosa, Ouro Preto, Praça.
4º Coronel Joaquim Camillo Teixeira da Motta, Official da Rosa, Santa Barbara.
5º Barão de Prados , Official da Rosa, Barbacena.
6º Tenente-coronel Theodoro Carlos da Silva.
SECRETARIA DO GOVERNO
Secretário
Dr. Custódio Marcelino de Magalhães.
Official Maior.
Candido Theodoro de Oliveira, Ladeira dos Caldereiros.
Chefes de Secção
1º Antonio Nunes Galvão, rua do Giló.
2º Anacleto de Magalhães Rodrigues, rua da Glória.
3º Antonio Cesário Brandão de Lima, rua de Santa Quiteria.
4º Antonio de Assis Martins, rua dos Paulistas.
5º Honorio Augusto Dias de Magalhães, rua do caminho da Barra.
6º Bruno Eugenio Dias de Carvalho, rua Direita de Antonio Dias.
PRIMEIROS OFFICIAES
José Rodrigues Duarte Junior , rua de S. José.
Francisco de Paula Pinheiro d'Ulhôa Cintra, Ponte de Antonio Dias.
Francisco de Paula Ferreira de Carvalho, rua Direita do Ouro-Preto.
Ernesto Silvestre da Costa, largo da Alegria.
João Baptista de Oliveira Bicalho, rua do Alto do Vira Saia.
Silvirio Teixeira da Costa, chacara do Mello.
1º dito Addido
Carlos Benedicto Monteiro, rua do Giló.
Segundos Officiaes
Jacintho Dias Coelho, rua das Dôres.
Fortunato Carlos Meirelles, rua de Traz.
Carlos Fortunato Meirelles, rua do Ouvidor.
Florencio da Cunha Vianna, rua do Sacramento.
Manoel José Ferreira Saragoça, rua de Cima.
José Orazimbro de Oliveira Jaques, ladeira de S. José.
Amanuense addido
Ignacio José de Souza Gama, ladeira dos Paulistas.
Almanaque Mineiro
publicado em Ouro Preto em 1864
(respeitada a ortografia da época)
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
OS NOVOS INCONFIDENTES
DEMISSÃO
Landulfo Vasconcelos de Castor
Laurent François
Laurindo Pompeu Diniz da Silva
Lauro Amorim Moura
Lauro Felix Barbosa
Lavanière Wanderley Morena
Lenini Reis
Leo da Silva Freiras
Leo Ely
Leonildo Dias
Leonor Tuasco
Leony Lopes
levy Ernani Humberto Cersósimo
Leyde Brito de Araújo
Liberato Pereira da Costa Júnior
Lindolfo dos Passos Soares
Lindonor Patriota do Nascimento
Lívio Amorim
Lívio Lopes
Lourival André do Nascimento
Lourival Barbosa Lunguinho
Lourival Bezerra da Silva
Lourival de Souza Magalhães
Lourival Esperidião da Silva
Lourival Lins Costa
Lourival Ribeiro
Lucas Ribeiro de Souza
Luciano Barreira
Luciano Salazar da Silva Ferreira
Luciano Schicovski
Luciano Veloso Barroso
Lucídio Bezerra de Morais
Lúcio Ambrósio
Lúcio Gusmão Lobo
Lúcio Mickosz
Lúcio Ricarte Serra
Luiz Afonso de Abreu Vilela
Luiz Alberto Kley
Luiz Alves de Carvalho
Luiz Carlos da Silva
Luiz Carlos de Carvalho
Luiz Carlos de Souza Moreira
Luiz Carlos Dias
Luiz Carlos dos Prazeres
Luiz Carlos dos Santos
Luiz Carlos Naso
Luiz Carlos Pessoa Guimarães
Luiz Carlos Pontual de Lemos
Luiz Carlos Tettamanzy
Luiz Carlos Vieira Bittencourt
Luiz Cláudio Braga Duarte
Luiz Consenza
Luiz da França Costa Lima Filho
Luiz Dantas Cruz
Luiz Dantas Pimenta
Publicação da Câmara dos Deputados em
homenagem às vítimas do golpe ianque-
udeno-eclesiástico-empresarial-militar de
1º de abril de 1964.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
OS INCONFIDENTES
TESTEMUNHA 24ª
Antônio José Jácome, homem pardo, natural da Ilha de São Miguel, morador na Vila de São José do Rio das Mortes, que vive de seu tráfico, e feitor ou administrador que foi da casa do Vigário de São José, Carlos Correia, de idade de sessenta e um anos, testemunha a quem o dito Ministro deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles em que pôs sua mão direita, sob cargo do qual lhe encarregou que com boa e sã consciência jurasse o que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer como lhe era encarregado.
E perguntado pelo conteúdo no Auto desta Devassa, que todo lhe foi lido, nada disse, nem dos costumes, e assinou com o dito Ministro e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, que o escrevi.
Saldanha - Antônio José Jácome
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
MINAS GERAIS
OURO PRETO
Tem 35 ruas e 5 largos.
A camara municipal possue os seguintes predios: uma casa de
dous andares em que celebra suas sessões, a do mercado e matadouro.
Seu povo é docil, pacifico, amante da instrução, bem civilizado
e hospitaleiro.
A cidade é guarnecida por um batalhão de linha, e outro de
policia, que não se acham completos, e por isso não chegão para as necessidades
diarias, tanto que a guarda nacional presta sempre um contingente pago pelos
cofres provinciaes.
Está provida de escolas publicas de primeiras letras para
ambos os sexos e de aulas de latim, francez, inglez, mathematicas, geografia,
historia e filosofia, e todas actualmente funccionão.
A musica é ensinada por habeis professores particulares, e
esta parte das bellas-artes tem chegado a um grande desenvolvimento; são poucos
os ouro-pretanos que não conhecem alguma cousa de musica, e por isso existem
dous grandes coros, um composto mais de amadores, e outro que forma a banda do
corpo policial, que dizem ser uma das melhores em seu genero.
É notavel a habilidade das Sras ouro-pretanas para o piano e
canto, algumas conhecemos habeis cantoras e pianistas. Conta-se na cidade cerca
de 50 pianos mais ou menos bons.
Comquanto o commercio não seja muito animado, contudo
existem muitos negócios de fazenda secca, molhadas e uma infinidade de pequenas
tabernas de generos da terra; sendo notavel o não haver quebras.
As ruas são mal calçadas, e isto é devido em grande parte a
falta de bons operarios e material próprio, porque a pedra existente nem toda é
prestavel, , e os habeis operarios não chegão para os trabalhos particulares.
Existe essa tarefa entregue aos forçados a galés, que além
de não serem profissionais, por nenhum estimulo são guiados a procurar a
perfeição.
O clima de Ouro-Preto é saudavel; muitas molestias que fazem
maior estrago são devidas antes a estravagancias e falta de hygiene do que á
influencia athmospherica.
As mais communs são: as siphiliticas, obstrucções de figado,
lesões de coração, e diarrhéas; isto quanto ás chronicas; pleurizes,
pneumonias, anginas, phleugmas, gastrosas interites, apoplexias, e outras
agudas, que affectão com maior ou menor intensidade nas mudanças das estações
(em Abril e Novembro).
O Dr. Nogueira, a quem nos
referimos a este respeito, disse o seguinte: “Ve-se que este paiz é no geral saudável,
e não tem, para assim dizer, um só mal que seja endêmico; e se seus habitantes
podessem obter todas as condicções hygienicas necessarias para conservação da saude, e não se expozessem
de proposito (o que lhes era bem possivel em muitos casos) podiamos ter muito
menor numero de obitos.”
Paramos aqui e voltaremos á
materia para o anno que vem.
Presidente da Provincia.
Conselheiro João Chrispinianno
Soares, Official da Rosa, Palacio, rua Nova.
Almanaque Mineiro
editado em Ouro Preto em 1864.
(Respeitada a ortografia da
época.)editado em Ouro Preto em 1864.
domingo, 14 de setembro de 2014
OS NOVOS INCONFIDENTES
DEMISSÃO
José Rogério Antony Jansen
José Romualdo Cabral Arcoverde
José Ronaldo Tavares de Lira e Silva
José Rosa da Silva
José Rubens Marcondes de Moura
José Saldanha da Gama Coelho Pinto
José Severino de Souza
José Soares Gonçalves
José Stamato
José Torquato Severo
José Tribuzzi Pinheiro Gomes
José Túlio
José Ubirajara Castilho
José Udalerico dos Santos
José Valdenor Queiroz
José Vargas Porto
José Vicente Falcão Correia
José Victor Leite
José Werneck da Silva
José Wilson da Silva
José Zacarias da Silva
Josef Gomes Sobral
Josélio Costa Gondim
Josemar Rodrigues Martins
Josemiro Fagundes de Souza
Josenette Leal Gomes
Josué Serejo Gonçalves
Joviniano Ferreira de Almeida
Juarez Antonio Mendes
Juarez de Souza Ferreira
Juarez Pereira Moreira
Julialvo Barbosa Costa
Júlio Cesar Pinagé
Júlio Cesar Schmidt
Juraci da Costa Andrade
Jurandir Bernardino Costa
Jurandir Bezerra Lins
Jurandir Luiz Patrício
Jurandir Nunes Brandão
Juvenal Pereira Couto Netto
Karan Pedro Karan
Kardec Leme
Kleber Martins Argolo
Kleber Mendes Carneiro Leão
Kogi Kondo
Laert dos Anjos
Laerte Jessé Gloguer Flores
Laerte Nepomuceno Vianna
Laerte Souza Carvalho
Lahyre Moreira da Silva
Lair Cornélio Rumão
Lamartine Coutinho Corrêa de Oliveira
Lamartine Pedroso Brandão
Lamartine Washington Ramos de Farias
Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-eclesiástico-empresarial-militar
de 1º de abril de 1964.
sábado, 6 de setembro de 2014
OS INCONFIDENTES
TESTEMUNHA 23ª
O Reverendo padre José Lopes de Oliveira (Batizado em 1º de
maio de 1740, na capela do Ribeirão, Freguesia da Piedade da Borda do Campo.
Filho do tenente-coronel José Lopes de Oliveira , natural de Santa Maria do
Olival, Bispado do Porto, e de Bernardina Caetana do Sacramento, natural de
Nossa Senhora da Glória de Simão Pereira, Minas Gerais. Os Oliveira Lopes eram
primos maternos dos Vidal de Barbosa Laje.) natural da Freguesia de Nossa Senhora
da Piedade da Borda do Campo, que vive das suas ordens, residente no Arraial da
Igreja Nova, de idade de cinqüenta anos, testemunha a quem o dito Ministro
deferiu o juramentos dos Santos Evangelhos em um livro deles em que pôs sua mão
direita, sob cargo do qual lhe encarregou que com boa e sã consciência jurasse
a verdade do que soubesse e lhe fosse perguntado, o que assim prometeu fazer
como lhe estava encarregado.
E perguntado ele, testemunha, pelo conteúdo no Auto desta
Devassa que todo lhe foi lido, disse que a primeira vez que ouviu falar em
levante, foi no mês de setembro do ano passado, ao Coronel José Aires Gomes, o
qual lhe contou que se esperava no Rio de Janeiro uma Armada Francesa, e que
muitos moradores do Rio de Janeiro estavam de ânimo a seguir aquele partido
francês, sem porém lhe declarar os nomes; e que isto mesmo já sabia o
Excelentíssimo Senhor Visconde; porém que ele, dito Aires , protestara ser
fiel. E quanto a estas Minas ouviu ele, testemunha, nos princípios do mês de
março do ano presente, ao Coronel Joaquim Silvério dos Reis, que estava para
nelas se fazer um levante, entrando muitas pessoas nele; e que posto ele, dito
coronel, fosse de Portugal, estava pronto a seguir, porquanto bem podia ser
esta terra um Império pelas riquezas que tinha; e principiando a nomear os
confederados, apenas lhe ouviu ele, testemunha, falar no Desembargador Gonzaga,
quando pondo as mãos na cabeça, nem ouviu, nem quis ouvir mais nada; e só lhe
tornou que isso era o que ele queria para não pagar o que estava devendo à
Fazenda Real, dizendo-lhe que logo se viesse denunciar; e entende ele,
testemunha, que assim o fez, porquanto, vindo aquele Joaquim Silvério logo à
Cachoeira, onde se achava o Excelentíssimo Senhor General, voltou assegurando a
ele, testemunha, que já não havia derrama, pois que tinha contado a Sua
Excelência umas tantas coisas, que ele entupira, mandando escrever às Câmaras e
suspendendo tudo; do que veio a concluir ele, testemunha, haver-se o dito
denunciado como lhe recomendara; mas, passados alguns dias, foi o mesmo
Silvério despedir-se dele, testemunha, dizendo-lhe que ia para o Rio de Janeiro
buscar uma carta do Excelentíssimo Senhor Vice-Rei para o Desembargador
Intendente e Procurador da Real Fazenda; porém ele testemunha não acreditou
semelhante coisa, muito mais acrescentando ele que o Excelentíssimo Senhor
Visconde o aconselhara para isso mesmo escrever ao Excelentíssimo Senhor
Vice-Rei; antes sim se persuadiu ele, testemunha, que o mesmo Joaquim Silvério
tinha com efeito denunciado o premeditado levante nestas Minas ao Senhor
General, e ia fazer o mesmo no Rio ao Senhor Vice-Rei, e isto pelas
antecedências que expressadas ficam; e assim o escreveu ele, testemunha, em
resposta a uma carta de seu irmão, o Coronel Francisco Antônio de Oliveira
Lopes, mandando-lhe perguntar se sabia a causa por que ia ao Rio o dito Coronel
Joaquim Silvério, porquanto vogava pelas Vilas uma notícia de que ele tinha ido
correr uma parada; e este mesmo pensamento descobriu ele, testemunha, ao Padre
Manuel Rodrigues da Costa.
Declara mais que indo ele, testemunha, na segunda semana
depois da páscoa à Ponta do Morro, à casa de seu irmão, dito Coronel Francisco
Antônio, aí chegou em uma tarde o Vigário de São José, Carlos Correia de Toledo: e depois de conversar em um quarto com o dito irmão, este
se retirou e pediu a ele, testemunha, fosse entreter o Vigário; e fazendo-o
assim, entrou para onde ele estava; e principiando a conversar, o achou
melancólico e pensativo, o que deu causa a perguntar-lhe o que tinha. Ao que
respondeu o dito Vigário que estavam acabadas suas ideias, porque Joaquim
Silvério tinha ido denunciar o levante que se intentava fazer, contando-lhe que
estava delineado erigir-se uma república; ao que repugnou ele, testemunha,
dizendo que tal não se poderia conseguir porque não havia gente, armas,
mantimentos e outros gêneros indispensáveis; e que, por consequência, os mesmos
do levante em breve tempo se haveriam de entregar; ao que ele,Vigário,
respondeu que o mais que duraria a guerra seriam três anos; e que, entretanto,
se uniam o Rio de Janeiro e São Paulo e se passaria como pudesse ser,
servindo-se do sal do sertão; que unido o Rio e São Paulo, havia muita gente, e
que, quando os americanos ingleses sacudiram o jugo tinham menos armas e, contudo,
resistiram até se conseguir a liberdade, o que ele, testemunha, ficou por
extremo escandalizado; e muito mais de lhe dizer aquele Vigário que tinha
muitos companheiros de caráter, e povo.
E falando ele, testemunha, depois com o dito seu irmão, perguntando-lhe
este o que praticara com ele o Vigário, lhe respondeu que estivera armando
castelos, e que se não fora a religião, lhe faria alguma desfeita.
Declarou mais ele, testemunha, que mandando-o chamar depois
disto à sua casa, o dito seu irmão coronel lhe contou que aquele Joaquim
Silvério os tinha a ambos denunciado, e ao padre Francisco Vidal. No mesmo dia
de tarde, saíram ambos à caça e no caminho encontraram ao sargento-mor Luís Vaz
de Toledo Piza, irmão do referido Vigário, com quem o dito seu irmão conversou
um pouco de tempo, sem que ele, testemunha, por ficar mais distante, ouvisse o
que tratavam; só sim percebeu dizer aquele Luís Vaz no fim: “Olhe, a mim não me
hão de pegar”.
No dia seguinte, que era domingo, tornou o mesmo seu irmão a
pedir-lhe que o acompanhasse, e saíram ambos ao romper do dia demandando a
paragem a que chamam Atrás da Serra, onde encontraram o dito Vigário. E
dizendo-lhe o dito seu irmão:”Que é isto, meu vigário? De Santo Cristo ao
peito? Já vai de viagem?” lhe respondeu o Vigário: “Não sei o que sucederá”. E
apartando-se um pouco do caminho, conversaram por pequeno espaço. E se despediu
aquele Vigário dizendo: “Já larguei a Vila de São José por uma vez”. E tornaram
ambos para casa. Declara finalmente ele, testemunha, que seu cunhado Luís Alves
(Luís Alves de Freitas Belo, futuro sogro de Joaquim Silvério dos Reis, que se
casaria, em 1791, no Rio de Janeiro, com sua filha Bernardina Quitéria. Outra
de suas filhas, Mariana Cândida, seria a esposa de Francisco de Lima e Silva,
pai de Luís Alves de Lima (barão, conde, marquês e duque de Caxias.), coronel
de Auxiliares, lhe dissera que quando o alferes Joaquim José passara para o Rio
de Janeiro, pretendeu falar-lhe na sua fazenda do Ribeirão, e achando-se então
doente, lhe não pôde falar; ao que instou o dito Alferes, que sempre de
madrugada lhe queria dizer adeus; e com efeito, batendo-lhe de madrugada à
porta e entrando, lhe disse que ia para o Rio com a ideia de tirar umas águas;
que se conseguisse, lhe haviam de render por ano vinte mil cruzados. E querendo
adiantar a conversa a diferente assunto, ele, dito coronel Luís Alves, lhe fez
sinal que ali estava sua mulher na cama, e então o dito Alferes se despediu.
Declara finalmente que, depois da prisão do dito Joaquim Silvério, um Antônio
de Oliveira Pinto, da cidade do Rio de Janeiro, mandou dizer vocalmente por um
próprio, que viera para cima, ao coronel Luís Alves, que sossegasse que as
coisas lhe não pareciam tão feias a respeito da prisão de Joaquim Silvério,
porque, fazendo-se apreensão em seus bens depois de preso (Joaquim Silvério dos
Reis esteve preso na Ilha das Cobras de 10 de maio de 1789 a 29-01 do ano
seguinte. Embora solto por ordem do Vice-Rei Luís de Vasconcelos e Sousa, ficou
impedido, a bem das averiguações, de deixar a cidade do Rio de Janeiro, onde
ainda residia na data da execução de Tiradentes.), se mandaram outra vez
entregar a seu procurador. E declara mais ele, testemunha, que logo que foram
presos o Tiradentes e Joaquim Silvério, ouvia contar geralmente aos viandantes
que aquelas prisões eram por levante que se queria fazer nestas Minas; e que
aquele alferes Tiradentes andara buscando pelas livrarias uns livros que
tratavam do levante dos ingleses; e que os oficiais do piquete daquela cidade
do Rio de Janeiro diziam que vinham buscar a Minas uns homens grandes; donde
ouvia ele, testemunha, discorrer que eram o tenente-coronel Francisco de Paula,
o coronel Alvarenga, o desembargador Gonzaga e outros. E mais não disse; e
quanto aos costumes, declarou ser irmão do coronel Francisco Antônio de
Oliveira Lopes; e assinou com o dito ministro, lido o seu juramento; e eu, o
bacharel José Caetano César Manitti, escrivão nomeado, o escrevi.
Saldanha - José Lopes de Oliveira
Autos de Devassa da Inconfidência Mineira
Publicados pela Câmara dos Deputados e
pelo Governo de Minas Gerais.
Brasília. Belo Horizonte. 1976.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
MINAS GERAIS
OURO PRETO
Entre os seus edificios os mais notaveis pelo trabalho de arte são: a capella de S. Francisco de Assis, cadêa, casa dos contos, onde funcciona a thesouraria de fazenda e em que se diz que suicidou-se Claudio Manoel da Costa; as capellas do Carmo, Rosario e Ouro-Preto.
Os edificios publicos geraes são: palacio que está bastante estragado; cadêa que é a melhor do imperio; casa dos contos de nobre architectura; jardim botanico que é uma anthitese do nome, quartel de 1ª linha, duas casas de pedra, que servião de deposito de polvora mais affastados da cidade, o theatro que foi reconstruido pela provincia e a casa dos Ouvidores.
Os provinciaes são: casa da assembléa de prespectiva ordinaria e pouca vista, casa de sobrado em que funcciona a mesa das rendas; outra de boa construcção e soffrivel vista onde funccionou o extincto Licêo mineiro; a do quartel do corpo policial que é bem construda, e outra ordinaria em que reside a companhia de cavallaria.
Tem as seguintes igrejas:
Matrizes do Ouro-Preto e Antonio Dias, ambas ainda dependentes de obras; S. Francisco de Assis, cujo frontespicio é um dos primores de arte do Aleijadinho; Rosario do Padre Faria onde se encontra um riquissimo cruzeiro de pedra; dito do Alto da Cruz, que depende muitos reparos; a de Nossa Senhora das Dores, por concluir-se; a das Mercês dos Perdões no mesmo estado; de S; Francisco de Paula, em obras; Carmo, que é uma das mais bem adornadas, S. José, Rosario do Ouro-Preto e Almas.
Nos seus suburbios contão-se ainda, mas estragadas, as capellas de S. Sebastião, S. João, Sant'Anna, Piedade e a do Taquaral
A cidade é abundantissima de boas aguas, que correm em 14 fontes mais ou menos bem acabadas, e em grande numero de casas particulares.
Entre as diversas aguas algumas são ferruginosas, e a melhor é a que se encontra no morro de Sant'Anna , mas que por um descuido imperdoavel não está canalisada.
Almanaque Mineiro
Editado em Ouro Preto
em 1864.
(Respeitada a ortografia da época.)
OS NOVOS INCONFIDENTES
DEMISSÃO
José Rogério Antony Jansen
José Romualdo Cabral Arcoverde
José Ronaldo Tavares de Lira e Silva
José Rosa da Silva
José Rubens Marcondes de Moura
José Saldanha da Gama Coelho Pinto
José Severino de Souza
José Soares Gonçalves
José Stamato
José Torquato Severo
José Tribuzzi Pinheiro Gomes
José Túlio
José Ubirajara Castilho
José Udalerico dos Santos
José Valdenor Queiroz
José Vargas Porto
José Vicente Falcão Correira
José Victor Leite
José Werneck da Silva
José Wilson da Silva
José Zacarias da Silva
Josef Gomes Sobral
Josélio Costa Gondim
Josemar Rodrigues Martins
Josemiro Fagundes de Souza
Josenette Leal Gomes
Josué Serejo Gonçalves
Joviniano Ferreira de Almeida
Juarez Antônio Mendes
Juarez de Souza Ferreira
Juarez Pereira Moreira
Julialvo Barbosa Costa
Júlio César Pinagé
Júlio César Schmidt
Juraci da Costa Andrade
Jurandir Bernardino Costa
Jurandir Bezerra Lins
Jurandir Luiz Patrício
Jurandir Nunes Brandão
Juvenal Pereira Couto Netto
Karan Pedro Karan
Kardec Leme
Kléber Martins Argolo
Kléber Mendes Carneiro Leão
Kogi Kondo
Laert dos Anjos
Laerte Jessé Gloguer Flores
Laerte Nepomuceno Vianna
Laerte Souza Carvalho
Lahyre Moreira da Silva
Lair Cornélio Rumão
Lamartine Coutinho Corrêa de Oliveira
Lamartine Pedroso Brandão
Lamartine Washington Ramos de Farias
Publicação da Câmara dos Deputados em homenagem
às vítimas do golpe ianque-udeno-eclesiástico-empresarial-militar
de 1º de abril de 1964.
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