segunda-feira, 27 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
PANEM NOSTRUM QUOTIDIANUM
PARÁFRASE DE RONSARD
Foi para vós que ontem colhi, senhora,
Este ramo de flores que ora envio.
Não no houvesse colhido e o vento e o frio
Tê-las-iam crestado antes da aurora.
Meditai nesse exemplo, que se agora
Não sei mais do que o vosso outro macio
Rosto nem boca de melhor feitio,
A tudo a idade altera sem demora.
Senhora, o tempo foge... o tempo foge...
Com pouco morreremos e amanhã
Já não seremos o que somos hoje...
Por que é que o vosso coração hesita?
O tempo foge... A vida é breve e vã...
Por isso, amai-me... enquanto sois bonita.
Manuel Bandeira
A Cinza das Horas
O NAVIO NEGREIRO
tragédia no mar
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar - dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como urba de infantes inquieta.
'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
- Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano:
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dois é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em pleno mar... Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste Saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Em baixo - o mar... em cima - o firmamento...
E no mar e no céu - a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! Ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai!... esperai!... deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia...
Orquestra - é o mar, que ruge pela proa,
E o vento que nas cordas assobia...
(...)
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar a esteira
Que semelha no mar - doido cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas Leviatã do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
Às vagas que deixa após.
Do espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Canta Veneza dormente,
- Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O inglês - marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
de Nélson e de Aboukir...
O francês - predestinado -
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros helenos,
que vaga iônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral!... Que tétricas figuras!...
Que cena infame e vil... Meu Deus! meu Deus! Que
[horror!
IV
Homens do mar! Ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai!... esperai!... deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia...
Orquestra - é o mar, que ruge pela proa,
E o vento que nas cordas assobia...
(...)
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar a esteira
Que semelha no mar - doido cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas Leviatã do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
Às vagas que deixa após.
Do espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Canta Veneza dormente,
- Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O inglês - marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
de Nélson e de Aboukir...
O francês - predestinado -
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros helenos,
que vaga iônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral!... Que tétricas figuras!...
Que cena infame e vil... Meu Deus! meu Deus! Que
[horror!
IV
sábado, 25 de abril de 2015
quinta-feira, 23 de abril de 2015
OS INCONFIDENTES
CONCLUSÃO PARA DESPACHO
Aos dezessete dias do mês de julho de mil e setecentos e oitenta e nove anos, nesta Vila Rica de Nossa do Pilar do Ouro Preto, faço esta inquirição da devassa conclusa ao Doutor Desembargador Pedro José Araújo de Saldanha, Ouvidor Geral e Corregedor desta Comarca, do que para constar, fiz este termo; e eu o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.
5.1 - Conclusos
Em virtude da Portaria do Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Visconde de Barbacena, Governador e Capitão General desta Capitania de Minas Gerais, pela qual se ordena esta Devassa, o Doutor Ouvidor da Comarca do Sabará, José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado para na mesma escrever, lhe junte por apenso o papel ou informação apresentada ao Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor pelo Tenente-Coronel Basílio de Brito Malheiro, a quem fará avisar para vir sem perda de tempo jurar o conteúdo nela para assim ficar juridicamente legalizada. Vila Rica, 17 de julho de 1789.
Saldanha
5.2 - Data
Aos dezessete dias do mês de julho de mil e setecentos e oitenta e nove anos, em casa da residência do Doutor Desembargador Pedro José Araújo de Saldanha, do Desembargo de Sua Majestade Fidelíssima, Ouvidor Geral e Corregedor desta Comarca, onde eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Ouvidor e Corregedor da do Sabará, Escrivão nomeado, fui vindo, e sendo aí, pelo dito Ministro me foram dados estes autos com o seu despacho retro, que houve por publicado em mão de mim Escrivão, e mandou se cumprisse e guardasse como nele se contém, do que para constar fiz este termo, e eu o Bacharel José Caetano César Manitti o escrevi.
6 - Inquirições de Testemunhas (II)
6.l - ASSENTADA
Aos dezoito dias do mês de julho de mil e setecentos e oitenta e nove, nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, e casas de residência do Desembargador Pedro José Araújo de Saldanha, Ouvidor-Geral e Corregedor desta Comarca, onde eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Ouvidor e Corregedor da do Sabará, Escrivão nomeado para esta diligência pelo Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Visconde de Barbacena, Governador e Capitão General desta Capitania de Minas Gerais fui vindo, e sendo aí, por ele dito Ministro foram inquiridas e perguntadas todas as testemunhas abaixo declaradas, cujos nomes, naturalidades, moradas, ofícios, idades, ditos e costumes são os que ao diante se seguem; do que, para assim constar, fiz este termo; e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.
Autos de Devassa da Inconfidência Mineira
Câmara dos Deputados - Interventoria do Estado
de Minas Gerais - 1976.
Aos dezoito dias do mês de julho de mil e setecentos e oitenta e nove, nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, e casas de residência do Desembargador Pedro José Araújo de Saldanha, Ouvidor-Geral e Corregedor desta Comarca, onde eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Ouvidor e Corregedor da do Sabará, Escrivão nomeado para esta diligência pelo Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Visconde de Barbacena, Governador e Capitão General desta Capitania de Minas Gerais fui vindo, e sendo aí, por ele dito Ministro foram inquiridas e perguntadas todas as testemunhas abaixo declaradas, cujos nomes, naturalidades, moradas, ofícios, idades, ditos e costumes são os que ao diante se seguem; do que, para assim constar, fiz este termo; e eu, o Bacharel José Caetano César Manitti, Escrivão nomeado, o escrevi.
Autos de Devassa da Inconfidência Mineira
Câmara dos Deputados - Interventoria do Estado
de Minas Gerais - 1976.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
OS NOVOS INCONFIDENTES
REFORMA
Jair Dantas Ribeiro
Jair de Barros Vasconcelos
Jair Monteiro Furtado
Jairo Cabral da Silva
Jandyr Ferreira dos Santos
Jarbas Barbosa Lopes
Jarbas Ferreira de Souza
Jason Simões
Jayme Martins
Jayro Amorim Chaves
Jeferson Cardim de Alencar Osório
Jener Margalho Viegas
Jerônimo do Amaral
João Baptista Stávola
João Barbosa da Paz
João Batista
João Batista Barroso de Menezes
João Bosco Lobo de Oliveira
João Carelli
João Carlos Palma Gordim
João Carlos Prats
João da Silva
João de Araújo
João de Deus Borba
João de Deus Gasso
João de Deus Goulart Cerveira
João de Deus Nunes Saraiva
João de Deus Nunes Saraiva
João Emílio de Santana
João Evangelista Mendes da Rocha
João Francisco de Castro Vasconcellos
João Fregonesi Netto
João Garcia Losano
João Guerreiro Brito
João Jones da Silva
João José Ribeiro Júnior
João Jota Viegas
João Lindolpho Costa
João Luís Coimbra
João Luís Coimbra
João Luiz de Souza
João Nildo Noschang
João Pedro Peçanha de Souza
João Pereira de Moraes Filho
João Pinheiro da Silva
João Rabello de Mello
João Sarmento
João Thiago Cotta
Joaquim Andrade dos Santos
Joaquim Antônio de Oliveira
Joaquim Francisco Rodrigues de Freitas
Joaquim Gouvêa de Albuquerque
Joaquim Louzada Mariante
Joaquim Miranda Pessoa de Andrade
Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-eclesio-empresarial-militar
de 1º de abril de 1964.
domingo, 19 de abril de 2015
CNV.: CRIMES CONTRA A HUMANIDADE
Humberto de Alencar Castello Branco
Arthur da Costa e Silva
Aurélio de Lyra Tavares
Augusto Hamann Rademaker Grunewald
Márcio de Souza e Melo
Emilio Garrastazú Medici
Geraldo Azevedo Henning
Eduardo Gomes
Ernesto Beckmann Geisel
João Baptista de Oliveira Figueiredo
Délio Jardim de Mattos
Carlos Alberto da Fontoura
Octávio Aguiar de Medeiros
Adyr Fiuza de Castro
Milton Tavares de Souza
Confúcio Danton de Paula Avelino
Edison Boscacci Guedes
Geraldo de Araújo Ferreira Braga
Mário Orlando Ribeiro Sampaio
domingo, 12 de abril de 2015
OS NOVOS INCONFIDENTES
REFORMA
Jair Dantas Ribeiro
Jair de Barros Vasconcelos
Jair Monteiro Furtado
Jairo Cabral da Silva
Jandyr Ferreira dos Santos
Jarbas Barbosa Lopes
Jarbas Ferreira de Souza
Jason Simões
Jayme Martins
Jayro Amorim Chaves
Jeferson Cardim de Alencar Osório
Jener Margalho Viegas
Jerônimo do Amaral
João Baptista Stávola
João Barbosa da Paz
João Batista
João Batista Barroso de Menezes
João Bosco Lobo de Oliveira
João Carelli
João Carlos Palma Gordim
João Carlos Prats
João da Silva
João de Araújo
João de Deus Borba
João de Deus Gasso
João de Deus Goulart Cerveira
João de Deus Nunes Saraiva
João Emílio de Santana
João Evangelista Mendes da Rocha
João Francisco de Castro Vasconcellos
João Fregonesi Netto
João Garcia Losano
João Guerreiro Brito
João Jones da Silva
João José Ribeiro Júnior
João Jota Viegas
João Lindolpho Costa
João Luís Coimbra
João Luiz de Souza
João Nildo Noschang
João Pedro Peçanha de Souza
João Pereira de Moraes Filho
João Pinheiro da Silva
João Rabello de Mello
João Sarmento
João Thiago Cotta
Joaquim Andrade dos Santos
Joaquim Antônio de Oliveira
Joaquim Francisco Rodrigues de Freitas
Joaquim Gouvêa de Albuquerque
Joaquim Louzada Mariante
Joaquim Miranda Pessoa de Andrade
Publicação da Câmara dos Deputados
em homenagem às vítimas do golpe
ianque-udeno-eclesio-empresarial-militar
de primeiro de abril de 1964.
Assinar:
Postagens (Atom)